As pessoas envolvidas no episódio de agressão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em aeroporto de Roma, na Itália, foram identificadas pela Polícia Federal (PF), que vai apurar acusações de agressão, ameaça, injúria e difamação.
Segundo informações divulgadas por veículos de imprensa, o magistrado foi hostilizado por três brasileiros na capital italiana e seu filho chegou a ser agredido com um soco no rosto. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados oficialmente.
Um dos envolvidos prestou depoimento à PF neste domingo (16) e negou ter direcionado ofensas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em um depoimento que durou duas horas, o homem afirmou não ter tido “qualquer participação” no episódio.
Em nota à imprensa, os outros dois envolvidos pediram desculpas a Moraes e sua família e falaram em mal-entendido, alegando que não houve ofensas ao ministro. Neste domingo (16), a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que “tomará as medidas cabíveis a respeito do caso”.
O caso repercutiu no fim de semana entre diversas figuras públicas brasileiras, inclusive de lados políticos opostos, que se solidarizaram com o ministro e sua família. Geraldo Alckmin, presidente da República em exercício, afirmou que as agressões são “inadmissíveis” e que “clima de ódio e desrespeito provocados por alguns não pode continuar”.
O presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco também se manifestou sobre os atos, dizendo que “todos os lados precisam colaborar para que o antagonismo fique no campo das ideias e das ações legítimas”. O ministro da Justiça, Flávio Dino, repudiou agressões contra agentes públicos.
Mesmo com um histórico turbulento com o magistrado, o ex-juiz e senador Sérgio Moro publicou em suas redes que “nada justifica ataques ou abordagens pessoais agressivas contra Ministros do STF ou seus familiares”.