Com apenas dois jogos disputados na Copa do Mundo FIFA de futebol feminino, que teve início no último dia 20 de julho, a Seleção Brasileira já experimentou tanto o doce sabor da vitória — com a goleada em cima do Panamá — quanto o amargor da derrota, que infelizmente veio neste sábado (29) contra a França.
Em ambos os casos, é importante que a equipe brasileira esteja com a moral e o psicológico intactos para seguir firme no torneio. Nesta competição, inclusive, há um reforço extra nesse sentido: Marina Gusson. Ela é a primeira psicóloga a participar de todo o ciclo de Copa do Mundo de uma Seleção Brasileira — masculina e feminina.
Nos últimos quatro anos, Marina tem sido peça chave na conexão da treinadora sueca Pia Sundhage com o time. A psicóloga Jassyara Ribeiro, especialista em psicologia do esporte com trabalho em Fortaleza, avalia como o trabalho de Gusson com a Seleção tem um impacto sobre as jogadoras.
“É impossível falar sobre a atuação da psicóloga do esporte junto à seleção brasileira feminina de futebol sem falar da satisfação de nós psicólogos do esporte, enquanto categoria, de perceber que as pessoas, os times, os clubes, os atletas têm realmente se atentado para a necessidade de cuidar da mente assim como cuidam do corpo, assim como pensam na técnica, na tática…“
Jassyara reforça que, apesar da novidade do acompanhamento direto nessa Copa, o trabalho de Marina Gusson junto à seleção feminina não é algo de agora. “Há anos ela tem acompanhado as meninas. E é um trabalho realmente de conscientização sobre a importância da saúde mental, mas também é um trabalho voltado para comunicação, liderança, leveza dentro do processo, unidade, time, grupo…”, completa.
A atenção de Marina Gusson na Seleção Brasileira acontece tanto para as individualidades quanto para o coletivo. Mas, apesar de ser peça chave na manutenção da performance da equipe, a atuação do psicólogo do esporte não é garantia de vitória, como ressalta Jassyara Ribeiro.
“Não é sobre ganhar. É sobre se entregar por inteiro. Sobre aprender a lidar com frustração, com pressão, é aprender a ganhar e a perder, porque muitas vezes o atleta perde, o time perde e termina se perdendo emocionalmente, saindo de jogo. Então, acredito que o trabalho da Marina junto junto à seleção está pra realmente como unidade”, finaliza a especialista.
A Seleção Brasileira volta a jogar na próxima quarta-feira (2), contra a Jamaica, a partir das 7h (horário de Brasília). A partida, realizada no Melbourne Rectangular, em Melbourne (AUS), será transmitida ao vivo na Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV.