Seis pessoas foram presas na última quinta-feira (10) pelo assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio. Os suspeitos detidos são colombianos, segundo informa a polícia responsável pelo caso.
Um dos agressores, que foi morto durante uma troca de tiros no local, também era da Colômbia. Além disso, todos os suspeitos pertencem a um grupo criminoso internacional, disseram autoridades equatorianas.
A morte do ex-jornalista será investigada com o apoio do FBI. O presidente Guillermo Lasso atribuiu o atentado ao crime organizado e prometeu justiça.
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— Policía Ecuador (@PoliciaEcuador) August 10, 2023
Mediante #RuedaDePrensa, se dio a conocer el despliegue operativo en varios sectores del #DMQ, donde fueron aprehendidos 6 presuntos implicados por el atentado al candidato presidencial Fernando Villavicencio y el ataque armado a servidores policiales. pic.twitter.com/Mv3v3YuIdQ
Análise
O assassinato de Fernando Villavicencio representa um momento inédito na história do país, avalia Maria Villarreal, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).
“O Equador, até 2017, era considerado o segundo país mais seguro da América Latina. Essa onda de violência que o país está experimentando é relativamente recente e muito grave. O assassinato do candidato ocorreu num contexto de crescente violência política. Só para se ter uma ideia, nesse último ano, quatro candidatos de governos locais foram assassinados e vários sofreram atentados. São candidatos de diversas tendências políticas”, disse a professora em entrevista à Agência Brasil.
Após o assassinato, o presidente do Equador, o conservador Guillermo Lasso, decretou estado de emergência no país durante 60 dias. Foram ainda decretados três dias de luto nacional. O governo do Equador alterou, nesta quinta-feira (10), o decreto com que instituiu estado de exceção em todo o país devido ao assassinato.
Em um novo decreto presidencial (nº 843), o chefe do Poder Executivo equatoriano, Guilhermo Lasso, eliminou dois artigos do Decreto nº 841, reestabelecendo a plena liberdade dos equatorianos à reunião. A medida, segundo o governo, é necessária para garantir as atividades necessárias à realização do primeiro turno das eleições presidenciais, previsto para ocorrer no próximo dia 20.