O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), informou que pediu à Justiça a condução coercitiva dos sócios da 123 Milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, e de toda a diretoria da empresa para prestarem esclarecimentos no dia 6 de setembro, às 10 horas.
A previsão era de que a oitiva de Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira fosse realizada nesta quarta-feira (30), às 18 horas. No entanto, eles não apareceram pela segunda vez.
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Os executivos alegaram ‘questão de agenda’ e a defesa protocolou um ofício pedindo para adiar o depoimento. O advogado dos sócios, Eugênio Pacelli, justificou, em um ofício enviado á CPI, que Ramiro e Augusto não poderiam comparecer por causa de uma reunião com o ministro do Turismo, Celso Sabino.
“A defesa vem informar que está agendada para esta tarde, às 18h30, uma reunião presencial no Ministério do Turismo, do qual seus constituintes participarão presencialmente, para prestar esclarecimentos ao ministro do Turismo, Celso Sabino, sobre os recentes fatos envolvendo a empresa 123milhas”, diz trecho do documento lido por Aureo Ribeiro.
Sobre a investigação
A CPI passou a investigar a empresa após ela anunciar, no último dia 18, a suspensão de pacotes contratados da linha Promo, com embarques previstos entre setembro e dezembro deste ano.
Os sócios da 123 Milhas chegaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para serem liberados de depor à CPI, contudo, a ministra Cármen Lúcia decidiu na segunda-feira (28) que os sócios da 123 milhas são obrigados a comparecer à CPI das Pirâmides Financeiras. Cármen declarou que os sócios podem ficar em silêncio durante o depoimento “exclusivamente quanto a questões que possam lhes incriminar”.