A assessoria do presidente da Cruz Vermelha, Júlio Cals de Alencar, se manifestou acerca da decisão judicial que afastou temporariamente o cearense do cargo. A medida foi tomada na última segunda-feira (5), pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) e se deu após investigações de abusos e irregularidades na gestão do órgão.
“Estamos absolutamente tranquilos sobre a decisão liminar, monocrática, não colegiada do TJDF, que deve cair a qualquer momento, por tratar-se de denúncia vazia”, declarou em nota a assessoria de Júlio enviada ao G1.
“Não há fato administrativo que sustente a medida. Nem qualquer veracidade. O que ocorre é apenas uma reação desesperada e desproposital para promover ruídos em retaliação à cobrança por mais transparência e prestação de contas exigidas de todas as filiais no país”, complementou.
Depois de recorrer da decisão do TJDF, o Juízo da 4ª Vara Cível de Brasília derrubou a medida. Todavia, filiais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais entraram com recurso pedindo pela permanência da decisão. Foi então que o desembargador Alfeu Machado, do TJDF, acatou o pedido. A priori, o afastamento deve durar 60 dias.
Por meio de comunicado, a Cruz Vermelha afirmou que o departamento jurídico está acompanhando os fatos e se pronunciará ao término do processo.
Júlio é jornalista e nasceu em Fortaleza. Tendo se tornado presidente da filial no Ceará em 2013, dois anos depois foi para a presidência da regional Nordeste e mais a frente, em 2016, chegou à presidência nacional da instituição.