O gabinete de segurança de Israel declarou oficialmente estado de guerra neste domingo (8), de acordo com a assessoria de imprensa oficial. Segundo o governo, mais de 600 israelenses foram mortos e outros 100 foram sequestrados em ataques na Faixa de Gaza desde a manhã de sábado (7), quando o grupo palestino Hamas lançou uma onda de ataques-surpresa no país.
Nas redes sociais, diversos registros mostram soldados palestinos caindo de paraquedas em cidades israelenses, invadindo casas, levando cidadãos como reféns, e trocando tiros com as forças armadas de Israel. A resposta tem sido uma série de ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza, que deixaram ao menos 370 pessoas mortas e outras 2.200 feridas, segundo oficiais palestinos.
Esse é o maior agravamento do conflito Israel-Palestina em décadas. Enquanto autoridades internacionais repudiam os ataques, manifestações de palestinos em comemoração às ações do Hamas foram registradas em diversas cidades pelo mundo, incluindo Teerã, Beirute, Canadá, Londres e Berlim.
Neste segundo dia de conflito, houve troca de tiros e lançamento de foguetes na região norte de Israel, na fronteira com o Líbano, em ação do Hezbollah. O grupo paramilitar libanês mantém relações estreitas com o Hamas. As forças israelenses responderam com ataques de artilharia e de drones.
Também neste domingo (8), uma reunião no Palácio do Itamaraty discute a atuação do Brasil sobre os conflitos e a situação dos brasileiros na região. São estimados 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil na Palestina, “a grande maioria dos quais fora da área afetada pelos ataques”, diz nota do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Segundo o Itamaraty, um brasileiro foi ferido e encontra-se hospitalizado. A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está prestando assistência. O órgão informou ainda que a embaixada também está buscando contato com outros dois brasileiros que também estavam em um local atacado.
Também neste domingo (8), às 16h, no horário de Brasília, será realizada uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), na sede da entidade em Nova Iorque. A convocação extraordinária foi definida pelo Brasil, que ocupa a presidência do órgão. Serão tomadas decisões, no âmbito do organismo, sobre os ataques.