Uma peça publicitária tem causado polêmica nas redes sociais após imagens mostrarem um caju “crescendo” no pé de ponta-cabeça. O comercial, que é da L’Occitane au Brésil, e estrelado pela atriz Grazi Massafera, foi alvo de críticas que apontaram os vários erros da propaganda.
Nas imagens que circulam pelas redes sociais é possível ver a fruta de material artificial grudado ao pé pela castanha. Em um cajueiro comum, a castanha fica suspensa e a fruta fica presa ao galho.
Internautas notaram o equívoco e logo teceram comentários na publicação que foi postada em conjunto com o perfil da marca com o perfil da atriz. “Na minha terra, a castanha do caju vem primeiro”, “Só não entendi porque o Caju está preso ao galho pela castanha” e “Como acreditar em um produto em que até a propaganda (marketing), já é enganosa. Por favor, isso não dá credibilidade à marca”, foram alguns dos comentários deixados por internautas na publicação.
A campanha que foi intitulada “É Tempo de Caju na Pele”, foi veiculada originalmente em 3 de outubro, mas só passou a ser alvo massivo de críticas nos últimos dias, quando um perfil no X compartilhou. Um internauta chega a observar que a fruta ainda cresce na árvore errada. No lugar de um cajueiro, colocaram o caju em um pé de amora.
Quando as empresas do sudeste tentam falar do nordeste da nisso: O caju nascendo no pé de amora pela castanha (???)pic.twitter.com/7NgJfJT0Di
— Atailon (@atailon) October 12, 2023
Ainda nos comentários, o Instituto Caju Brasil, organização não governamental voltada para o “desenvolvimento sustentável em atividades do setor rural e agroindustrial e com foco principal em capacitação na cadeia de valor da cajucultura”, escreveu que como representante das famílias que trabalham na área se sentem no mínimo indignados.
“Como representante de mais de 190 mil famílias que trabalham com cajucultura, o ICB fica no mínimo “indignado” com a falta de conhecimento sobre as nossas espécies. Esperamos sinceramente, que a empresa possa corrigir o seu erro, através de campanhas compensatórias. O setor já vive diversos problemas, e ter a imagem da sua “identidade” descaracterizada, é muito triste”, diz a organização.