O senador Cid Gomes (PDT) reagiu com duras críticas à sua destituição do comando do diretório estadual do PDT no Ceará. A queda foi orquestrada pelo diretório nacional pedetista sob o comando do deputado federal André Figueiredo. Cid criticou diretamente não só Figueiredo como o presidente nacional licenciado Carlos Lupi – atual ministro da Previdência Social de Lula.
“Para mim, agora não há mais diálogo com a direção nacional. Se o Lupi me ligar agora, eu não atendo, porque eu não o respeito mais. Se o André me ligar, eu não atendo, porque não o respeito mais”, disparou o irmão de Ciro Gomes após participar da 26ª Conferência da União Nacional de Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), no Centro de Eventos, nesta quinta-feira (9).
Eles não são democratas. Eles não têm a menor noção do que é democracia, de respeitar a vontade da maioria”, completou.
Cid ainda rebateu a anulação pelo diretório nacional das mais de 20 cartas de anuência que o diretório local havia concedido a parlamentares do partido para deixar o PDT sem perder o mandato. “Se não nos querem no PDT, porque fazem tanta questão sobre a concessão de cartas de anuência? Uma coisa paradoxal”.
“A minha palavra sempre foi no sentido de que nós queremos ficar no PDT. Nós estaremos no PDT enquanto a voz da maioria for respeitada. Eu não conversei, nem procurei nenhum outro partido, e nem vou procurar até que essas coisas estejam devidamente resolvidas”, afirmou.
Reunião convocada para próxima terça-feira (14)
Embora ainda não tenha confirmado que deixará o PDT após essa série de turbulências, Cid convocou os prefeitos pedetistas e pré-candidatos do partido para uma reunião que será realizada às 15h da próxima terça-feira, dia 14 de novembro, no Hotel Gran Marquise, em Fortaleza.