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Prefeitura inicia demolição do Edifício São Pedro; serviço deve durar 90 dias

A demolição se dá após laudos técnicos apontarem a impossibilidade de qualquer recuperação do prédio
O processo de demolição se dá pelo desmonte do prédio. Nesta terça-feira (05/03), a Seinf iniciou o escoramento da estrutura (Foto: Marcos Moura/Prefeitura de Fortaleza)

A demolição do Edifício São Pedro, localizado na Praia de Iracema, foi iniciada nesta terça-feira (5), pela Prefeitura de Fortaleza. A medida se dá após o prefeito José Sarto (PDT) anunciar nas redes sociais sobre a precária situação da edificação. Além de haver “grande risco de desmoronamento”, os laudos técnicos indicam não ser mais possível a recuperação, conforme o gestor. Os trabalhos devem durar cerca de 90 dias.

Os serviços são realizados pela Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), que já executa obras de requalificação viária e urbanização no entorno da estrutura e devem custar R$ 1,7 milhão à Prefeitura. O montante será ressarcido com os proprietários do prédio, segundo o titular da Seinf, Samuel Dias

“Essa demolição está orçada em, aproximadamente, R$ 1,7 milhão. A Prefeitura está tomando a frente em função dessas condições específicas de risco potencial. Vai fazer a demolição, e as custas vão ser ressarcidas. Vamos buscar o ressarcimento disso com os proprietários do prédio”, disse.

Segundo Samuel, pela ausência de manutenções necessárias ao longo dos anos pelos responsáveis legais, a administração pública municipal resolveu tomar a iniciativa de demolição, visando proteger as pessoas que vivem no entorno do Edifício São Pedro.

“É importante lembrar que esse imóvel é particular, ele tem dono. Os donos dessa edificação é que são os responsáveis legais pela manutenção do prédio, não o poder público, e o restauro que não foi feito ao longo dos anos resultou nessa situação de risco de colapso iminente”, afirmou. 

Os trabalhos não irão afetar o tráfego de pedestres e veículos nas vias próximas ao prédio. Ainda conforme o secretário, os custos do processo de demolição serão repassados para os proprietários do terreno e do Edifício São Pedro.

Dias ressaltou que entendem a importância do prédio para a cidade, “mas agora é muito mais importante a segurança e evitar a morte de pessoas”. Além do risco de desabar, “há o risco de desplacamento parcial do concreto do prédio, como já aconteceu algumas vezes. Além disso, já aconteceram acidentes fatais aqui no edifício e temos várias denúncias do uso da estrutura por usuários de droga. Então, para resolver a situação, a demolição era a solução possível”, disse.

Margareth de Paula, chefe do Núcleo de Ações Preventivas da Defesa Civil, corroborou com o titular da Seinf e destacou que, além da inviabilidade técnica e econômica de recuperação do imóvel, a Prefeitura já realizava o monitoramento da situação predial desde o início da atual gestão.

“A Defesa Civil acompanha este prédio há muito tempo e, desde o início da gestão, estamos buscando evitar desastres aqui. Existem vários laudos que constatam o comprometimento estrutural do edifício. Na última vistoria realizada por nós, no fim do ano passado, constatamos mais uma vez que a recuperação não era possível: as ferragens já estão todas esfarelando, tem rachaduras de grande proporção, enraizamento de árvores e infiltração intensa em toda área construída”, comentou.

Evacuação e cuidado com as pessoas

A evacuação do Edifício São Pedro foi feita na última sexta-feira (01/03). Foram retiradas 16 pessoas em situação de rua: dois casais e 12 indivíduos. Como relatou Francisco Ibiapina, o secretário de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), equipes de assistência social fizeram os atendimentos necessários para solicitação de documentos e cadastro para Aluguel Social.

“A abordagem foi feita por uma equipe técnica da secretaria, com especialização em pessoas em situação de rua. Eles vieram, explicaram a situação e os motivos da demolição para as pessoas, e todos saíram por vontade própria. Eles compreenderam a situação. A Prefeitura fez a oferta dos serviços voltados para a população em situação de rua e oito deles optaram por dar entrada no Aluguel Social. A grande maioria deles não possui documentação, então também estamos auxiliando nisso”.

Ainda de acordo com a SDHDS, os grupos continuarão sendo acompanhados pelo Serviço de Abordagem Social do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua.

Sarto anunciou ‘imediata demolição’

O prefeito José Sarto anunciou, na noite desta segunda-feira (4), a demolição do edifício. Segundo o gestor, o imóvel corre “grande risco de desmoronamento”. O prédio instalado em 1951, então chamado de Iracema Plaza Hotel, chegou a ser considerado o “Copacabana Palace cearense”.

Através de vídeo nas redes sociais, o prefeito divulgou imagens do prédio. “A precária situação da edificação chegou ao limite. Há grande risco de desmoronamento. Os laudos técnicos indicam não ser mais possível a recuperação. Enquanto isso, o imóvel vem sendo depredado e acessado por quem desconhece ou ignora a insegurança. Lamentavelmente, uma pessoa já morreu ali”, começou ele.

O gestor alegou que diante da falta de intervenções por parte dos proprietários e do decreto do Governo do Estado revogando a declaração de interesse público do imóvel, a situação exige providências, “sob pena de colocar mais vidas em risco’. 

“Por todas essas razões, a Prefeitura tomou a decisão de fazer imediatamente, por conta própria, a demolição do prédio e cobrar dos proprietários o ressarcimento pelos custos desse serviço. O imóvel já foi desocupado e as pessoas em situação de rua estão sendo acompanhadas pela nossa Secretária de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS). Equipes da Guarda Municipal já estão no local para garantir o isolamento do prédio”, escreveu. 

Segundo Sarto, será um serviço que vai fortalecer ainda mais o turismo, estimular o empreendedorismo, proporcionar lazer para moradores da região e de toda a Cidade. “E não há qualquer cabimento em fazer uma requalificação como essa para atrair mais pessoas para aquela área e manter uma edificação que coloque em risco a vida dos trabalhadores e dos visitantes”, finalizou.

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