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“Short Friday”: sair mais cedo do trabalho nas sextas já é realidade em algumas empresas

Nova abordagem para o ambiente profissional foca no bem-estar dos colaboradores e na busca por uma maior produtividade
A Short Friday envolve a redução do expediente de trabalho nas sextas-feiras, permitindo que os funcionários encerrem suas atividades mais cedo do que o normal. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No ambiente empresarial, uma prática emergente está se destacando: a Short Friday – uma versão flexível da sexta-feira tradicional. Adotada por diversas empresas, como Takeda, L’Oréal, Enel e Livelo, a tendência tem o objetivo de aumentar a produtividade, melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e criar um ambiente mais flexível e motivador.

A Short Friday envolve a redução do expediente de trabalho nas sextas-feiras, permitindo que os funcionários encerrem suas atividades mais cedo do que o normal. Além de proporcionar descanso antecipado para o fim de semana, a medida também estimula a maior eficiência durante o período de trabalho na semana.

Daniel Florencio, formado em Psicologia e executivo de Recursos Humanos, com passagem em empresas de diversos segmentos e portes, explica que o principal benefício da prática nas empresas é o aumento do engajamento dos colaboradores, resultando em diversos desdobramentos positivos, como o aumento da produtividade, diminuição da rotatividade e do absenteísmo, além do principal, a criação de um melhor clima no ambiente corporativo. 

De acordo com a Anamt, aproximadamente 70% dos trabalhadores sofrem de exaustão extrema devido ao trabalho. Daniel pontua que a frase “gente feliz produz mais” é um clichê, mas verdadeiro. “Existe uma relação direta entre o bem-estar e a produtividade. E, no caso da Short Friday, a redução de jornada trará maior bem-estar aos funcionários. Estas horas a mais fora do trabalho serão, certamente, utilizadas para cuidar de si, cuidar da família ou poder descansar”, argumenta o profissional.

Flexibilidade em empresas

Uma pesquisa realizada pela consultoria Mercer Marsh Benefícios no primeiro semestre de 2023, envolvendo 850 empresas brasileiras, revelou que 78% delas implementam alguma forma de flexibilidade no trabalho. Dentro do grupo, 13% adotam a prática da “Short Friday”.

Gisele Studart, diretora da StudartRH, esclarece que na empresa em que trabalha todos terminam o horário de expediente um pouco mais cedo do que o habitual, às 17hrs. “Acredito ser válido implementar testes e avisar a equipe exatamente o porquê do teste e da possibilidade da implantação do benefício da Short Friday. Além disso, é preciso saber se realmente faz sentido e traz aumento de produtividade, clima, engajamento e retenção”, conclui Gisele.

A diretora justifica que se as tarefas são terminadas a tempo e as metas estão sendo cumpridas, individuais ou coletivas, torna-se apto a usufruir da Short Friday. Além disso, ela informa que benefício servirá para engajar aquele funcionário que é produtivo e merece.

Estratégias que podem ser adotadas

A adoção da Short Friday demanda uma abordagem criteriosa e uma análise das necessidades individuais de cada empresa. Nem todas as organizações podem incorporar a prática de maneira viável, e é fundamental avaliar tanto os impactos positivos quanto os negativos antes da implementação.

Cintia Aguiar, gestora de Recursos Humanos, destaca que, para a implantação da Short Friday em um negócio, é preciso ter um planejamento, um estudo e um mapeamento de como a empresa funciona. “Importante saber quais são os resultados no modelo tradicional, comunicar para o time de que a mudança vai acontecer, definir uma data para essa mudança, e nessa definição de data, ir criando estratégias para que isso consiga ser viável, para que essa transição consiga ser viável e com menores danos possíveis, para não frustrar a equipe”, finaliza a gestora.

Laysa Melo, da Redação

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