Dando início a campanha do “Agosto Lilás”, o Governo do Ceará lançou o Projeto Cientista Chefe das Mulheres que mapeia casos de violência contra a mulher em todo o Estado. A ação é feita em parceria com a Secretaria da Mulheres (SEM) e as universidades estaduais do Ceará (Uece) e Regional do Cariri (Urca).
Em solenidade realizada nesta quinta-feira (1º), a vice-governadora e secretária das Mulheres Jade Romero destacou a importância do mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher para a construção de uma sociedade mais solidária.
“Estamos em um mês de ações concretas. Estamos lançando o programa Cientista Chefe, para trazer relatórios, observar os dados e também [ajudar a] formular as políticas públicas para que a gente tenha a ciência a serviço da sociedade e da proteção das mulheres”, afirmou.
O projeto do governo conta com investimento de R$ 2,9 milhões e busca cumprir as metas do Plano Ceará 2050, que promove um Ceará livre da violência doméstica contra a mulher e uma governança participativa.
A ação de solidariedade e respeito às mulheres é realizada pelo Observatório de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Observem). O mapeamento será realizado através da coleta de dados nos principais municípios cearenses.
Dentro do projeto serão gerados produtos como uma Plataforma Web com API para Integração de Bancos de Dados com a formulação de relatórios de indicadores de enfrentamento da violência contra as mulheres e população LGBTQIA+ no Ceará.
Helena Frota, professora associada da Uece e cientista-chefe da SEM, estará à frente do programa e destaca a potência que essa iniciativa representa para o Ceará. “Estamos aqui para a Academia pensar, junto a execução do Governo, em como iremos enfrentar com racionalidade e efetividade esse drama que é a violência e o assassinato de mulheres no Ceará, e assim fazer a diferença na vida de tantas”, reforça.
O sentimento de gratificação também se estende à Maria do Socorro, vice-reitora da Urca, que demonstrou estar satisfeita com a parceria entre o governo do Estado e o centro acadêmico do Cariri.
“A nossa Urca, por meio do Observatório da Violência e dos Direitos Humanos, já vem desenvolvendo um trabalho com tudo o que se refere à quebra dos direitos humanos, são pessoas com as quais desenvolvemos atividades de enfrentamento à violência, da melhor forma possível, para que essas pessoas consigam sair do ciclo da violência”, finalizou.