Durante o terremoto de magnitude 5,3 que atingiu Portugal na manhã desta segunda-feira (26), moradores de Porto, uma das cidades que mais sentiram os tremores, relataram seus momentos de tensão e insegurança.
O estudante cearense Lucas Uchôa da Veiga, de 21 anos, está de férias na cidade, e conta que sentiu o abalo logo nas primeiras horas da manhã. “Eu tive a impressão de que foi muito rápido, e senti como se pudesse cair a qualquer momento. Foi a primeira vez que senti algo assim, parecia uma eternidade”.
Veiga conta que parentes próximos também sentiram os tremores, que duraram entre 4 a 10 segundos. Seu cunhado, Gleybson Raniery, 30, afirmou que dos cinco anos em que reside no país nunca havia vivenciado algo parecido. “Eu só peguei o final do abalo, quando estava no trabalho. Tive que me segurar… parecia aqueles equipamentos de se equilibrar na academia. Veio e passou”, relata.
A irmã de Lucas, Nicole Veiga da Hora, 30 anos, também mora em Porto e comenta como amigos próximos se surpreenderam com a força dos tremores. “Uma colega de trabalho disse que acordou e pensou que estivesse tonta, mas já era o terremoto. Ela disse que balançava tudo dentro do quarto dela, cama, poltrona, foram dez segundos que parecia uma eternidade”, conta.
De acordo com as informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o tremor teve início às 5H11 (horário local) a uma profundidade de 16 km. Além de Porto, o abalo foi sentido na capital Lisboa, além de Oeiras, Loures e Almada.
Em um comunicado, o governo português confirmou que “não há registo de danos pessoais ou materiais até ao momento”, e pediu para que a população mantenha a calma.
“Apelamos à população para que mantenha a serenidade e siga as recomendações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil”, diz a nota.