Pela primeira vez, o maior Downwind em extensão do mundo, com 1.800 quilômetros percorridos, o Iron Macho, terá a presença de três mulheres. Entre elas uma brasileira, Manuela Amaral. O evento chega em sua 12ª edição, de 1º a 29 de setembro, trazendo profissionais de diversas partes do mundo como Estados Unidos, Áustria, Argentina, Portugal, Holanda e Canadá, além do Brasil.
O Ceará será um dos seis estados que receberá o evento, que passará também por Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí.
Além da brasileira, a norte-americana Nicole Acquisto e a canadense Jamie Flewelling participam do evento.
O evento esportivo não tem como objetivo podium ou disputa por vencedores.Sua proposta, segundo a organização, é o encontro de gerações, a aventura, o intercâmbio de culturas e as descobertas de praias desconhecidas.
Uma das metas do grupo é explorar a onda Urca do Minhoto/RN, uma onda que, segundo alguns surfistas, é uma mistura de Havaí com Indonésia e pode chegar a quatro metros de altura, localizada a cerca de 29 quilômetros da costa potiguar.
CEO do projeto e praticante da modalidade há mais de 15 anos, Antônio Marques relatou a empolgação com o início do evento.
“Começamos, mais uma vez, uma grande odisseia em busca de uma beleza poética inspirada na natureza, no vento, no sol e no mar, a base desse esporte tão dignificante que é o Kitesurf e que traz três elementos fundamentais para o sucesso e a longevidade do Iron Macho, que é a leveza, a liberdade e a felicidade proporcionada por essa experiência de 28 dias”, disse.
Segundo a Associação Brasileira de Kitesurf, chegam anualmente cerca de 170 mil praticantes do esporte no Ceará entre julho e novembro. É esperado que esse número aumente após a primeira participação do esporte nos Jogo Olímpicos de Paris 2024.
O Iron Macho
“Em alguns locais onde não se conhece o Cearensês – o linguajar cearense – a gente precisa explicar de onde vem esse nome, esse termo, essa brincadeira do Iron Macho, que é algo do nosso linguajar diário e não tem absolutamente nada de machista ou sexista. Pelo contrário, é uma expressão de diversão, descontração, que busca chamar atenção e é usada em situações como vem cá caba, vem aqui macho! cadê tu macho? Ô macho feio! Só isso…”, explica a produtora-executiva do projeto, Luciana Gomes, uma das mulheres que tornam ambas aventuras sob o mar possível.
Surgido para fazer o contraponto irreverente ao Ironman, o Iron Macho e depois o Iron Divas, vêm conquistando cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo, que desembarcam no Ceará para vivenciar essa experiência única de liberdade e contato com a natureza.