O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) registrou 8175 resgates de animais entre janeiro e agosto de 2024, e 2048 incêndios em vegetações neste ano. Os resgates representam um aumento de 2,01% em comparação com os 8014 resgates no mesmo período de 2023. Já o número de incêndios registrados é 4,70% maior em relação ao ano passado, quando foram contabilizados 1956 focos.
Entre os animais mais resgatados estão serpentes, felinos, cassacos, iguanas e cães. Em agosto, o CBMCE resgatou 454 serpentes do tipo jiboia, o maior número de ocorrências. Além disso, foram resgatados 148 gatos, 139 iguanas, 55 cassacos e 37 cães. Esses dados evidenciam a diversidade de espécies que necessitam de intervenção.
Em relação aos incêndios, a corporação informou que enfrenta um aumento significativo de focos no segundo semestre de 2024. Em agosto, foram combatidos 972, quase metade das ocorrências do ano, em todo Estado do Ceará. A principal causa desses incêndios é a prática ilegal de limpeza de terrenos com fogo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a atividade configura crime ambiental conforme a Lei nº 9.605/1998, e contribui para a degradação ambiental.
Animais silvestres
O CBMCE alerta que a prevenção é fundamental para evitar incidentes com animais silvestres. Conforme a corporação, é importante manter distância de serpentes e outros animais potencialmente perigosos. Adicionalmente, medidas como tampar poços, cercar e sinalizar áreas de risco, além de fechar corredores estreitos, são essenciais. “Essas ações protegem a fauna e garantem a segurança da população”, afirma o órgão.
Prevenção contra incêndios
O Corpo de Bombeiros destaca ainda a importância de alternativas seguras para a limpeza de áreas. A coleta e remoção de lixo são recomendadas. Além disso, é crucial adotar cuidados ao acampar. Limpar ao redor de fogueiras e garantir a extinção completa do fogo antes de partir são medidas essenciais.
Em situações de incêndio, a corporação sugere a criação de aceiros. A técnica consiste em remover a vegetação ao redor do fogo, formando uma barreira que impede a propagação das chamas. O CBMCE reforça o chamado à população para a adoção de práticas responsáveis.