A Justiça do Amazonas decidiu manter a prisão preventiva de Ademar Farias Cardoso Neto e Cleusimar de Jesus Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha Djidja Cardoso. Além dos dois, mais três pessoas foram indiciadas e denunciadas no processo que ficou conhecido como “Caso Djidja”.
A decisão foi proferida pelo juiz de direito titular da 3.ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas, Celso Souza de Paula, nesta segunda-feira (9). Os outros iniciados são Hatus Moraes Silveira, José Máximo Silva de Oliveira e Sávio Soares Pereira.
O juiz ainda concedeu liberdade provisória a Verônica da Costa Seixas, mediante a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão, entre elas o comparecimento mensal em juízo para informar e justificar as atividades, entre outras.
Após a audiência, foi aberto prazo para apresentação das alegações finais e, com as devidas apresentações por parte do MP e defesa, o processo ficará concluso para sentença.
Relembre
Dilemar Cardoso Carlos da Silva, 32 anos, conhecida como “Djidja Cardoso”, foi encontrada sem vida no dia 28 de maio, em sua residência no bairro Cidade Nova. A suspeita inicial era de que Djidja poderia ter sofrido uma overdose devido ao uso indiscriminado da ketamina durante um dos rituais da seita religiosa liderada pela família.
Segundo o delegado Danniel Antony, adjunto da DEHS, à época, a morte dela está envolta na possibilidade do uso de medicamentos fármacos narcolépticos e psicotrópicos, havendo também a possibilidade de ter ocorrido um excesso da droga que possa tê-la levado à morte em relação à seita da família.
“Eles induziam os seguidores a acreditar que, com a utilização compulsória da ketamina iriam transcender a outra dimensão e alcançar um plano superior e a salvação”, explicou o delegado.