A Justiça autorizou um casal a registrar o filho recém-nascido como Piiê, nome do primeiro faraó negro do Egito. A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (11) pelo pai da criança, Danillo Prímola, e confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Segundo ele, o registro será feito até o fim da tarde desta quinta-feira (12), em Belo Horizonte, com acompanhamento de um defensor público.
O casal já tinha tentado, em 2 de setembro, registrar o filho no Cartório do 2º Ofício de Registro Civil de Pessoas Naturais de Belo Horizonte. Porém, teve o registro negado em razão da grafia proposta conter dupla letra “i”. Além disso, a juíza que analisou o caso alegou que a pronúncia poderia ser confundida com um passo de ballet, o pliê, e, com isso, expor a criança ao bullying.
Ao reconsiderar a sentença, a juíza, mesmo convicta que o menino estará sujeito, pela dificuldade da grafia e pela pronúncia, a constrangimentos, relatou que “considerando os novos argumentos trazidos, através do qual agora os pais explicitam a questão cultural que os guiou para a escolha do nome, os quais não foram apontados no pedido inicial, em respeito a tal cultura”, autorizou o registro na forma pretendida.
Segundo o pai do bebê, Danillo Prímola, o filho nasceu sem grandes complicações, e a gestação de sua esposa, Catarina Prímola, foi tranquila durante 37 semanas e dois dias. Piiê nasceu no dia 31 de agosto, em uma maternidade particular do bairro Grajaú, na Região Oeste da capital, pesando cerca de 3 kg.
Ainda de acordo com Danillo, o bebê já é chamado pelo nome desde quando estava no ventre da mãe.