As queimadas que atingem florestas brasileiras nos últimos dias resultaram no aumento dos níveis de monóxido de carbono na atmosfera, segundo informações da MetSul Meteorologia. O gás é inodoro, incolor e pode ser letal aos seres humanos em ambientes fechados.
A substância é uma das seis principais poluentes atmosféricas e é resultado da queima incompleta de combustíveis à base de carbono, como carvão, madeira e óleo.
Apesar de, segundo o MetSul, o gás não interferir na temperatura do planeta, ele se instala abaixo da atmosfera e impede que a mesma faça seu processo de “limpeza” e faz com que os gases poluentes se mantenham presentes.
Se inalada em altos níveis, o monóxido de carbono pode causar irritação nos olhos e vias respiratórias, náusea e dificuldade para respirar. Para as pessoas que têm problemas respiratórios, como asma, ou doenças cardíacas, as partículas finas do gás podem piorar esses problemas.
É recomendado que esforços físicos em ambientes com altos níveis de poluentes sejam evitados, pois podem agravar os sintomas.
Brasil concentra as queimadas nas últimas 48h
De acordo com dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil concentrou 71,9% de todas as queimadas registradas na América do Sul nos últimos dois dias. Foram 7.322 focos de incêndio nas últimas 48 horas até a sexta-feira (13).
Atrás dele, aparecem Bolívia com 1.137 focos (11,2%), Peru com 842 (8,3%), Argentina com 433 (4,3%) e Paraguai, com 271 (2,7%) focos de queimadas nas últimas 48 horas.
Entre os estados brasileiros, o líder do ranking é o Mato Grosso, com 1.379 registros nas últimas 48 horas, seguido por Amazonas, com 1.205, Pará, com 1.001, e Acre, com 513 focos.
Em relação aos biomas, a Amazônia foi a região mais afetada, concentrando 49% das áreas atingidas pelo fogo nas últimas 48 horas. Na sequência, aparecem o Cerrado (30,5%), a Mata Atlântica (13,2%), o Pantanal (5,4%) e a Caatinga (1,9%).
Considerando o acumulado do ano, até a sexta (13), o Brasil registrou 180.137 focos em 2024 – 50,6% dos incêndios da América do Sul. O número é 108% maior em relação ao mesmo período de 2023, quando foram anotados 86.256 focos entre janeiro e 13 de setembro.
Com informações da Agência Brasil