Uma imagem inédita, divulgada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, ilustra o estado da carcaça do submersível Titan repousando no fundo do mar. O veículo da OceanGate desapareceu em 18 de junho de 2023 durante uma expedição aos destroços do Titanic, na costa do Canadá.
Apesar da devastadora implosão, a cauda do submersível permaneceu parcialmente intacta. A carcaça e outros fragmentos do Titan foram localizados quatro dias após o incidente, em 22 de junho de 2023, por um veículo operado remotamente pelas equipes de resgate.
O relatório da investigação descreve a descoberta como “uma conclusão definitiva da perda catastrófica do submersível Titan e do falecimento de todos os cinco tripulantes a bordo.” Os destroços estavam a 3,2 km de profundidade e aproximadamente 480 metros do Titanic.
A expedição contava com um piloto e quatro passageiros: Stockton Rush, presidente da OceanGate; o bilionário Hamish Harding; Shahzada e Suleman Dawood, um empresário paquistanês e seu filho; e Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e renomado especialista no naufrágio do Titanic.
Audiências
As audiências sobre a implosão do Titan devem ser concluídas nas próximas duas semanas, com o objetivo de determinar a possível existência de negligência. Posteriormente, a Guarda Costeira americana enviará o relatório final e suas recomendações ao governo dos EUA. Se forem identificados indícios de crime, o caso será encaminhado ao Departamento de Justiça.
Especialistas já começaram a identificar possíveis causas da implosão. Segundo a NBC News, entre os fatores mencionados está o uso de materiais experimentais, como fibra de carbono, que ainda não foram amplamente testados em profundidades extremas. Sabe-se, entretanto, que a implosão foi provocada pela pressão das águas.
Pouco antes do trágico incidente, quando a embarcação já se encontrava a uma profundidade aproximada de 2.500 metros, um dos ocupantes relatou que “estava tudo bem por aqui”. Essas informações foram divulgadas pela Guarda Costeira, que revelou detalhes das comunicações estabelecidas durante a imersão.
Contato
Durante a descida, o submarino Titan e o navio Polar Prince mantiveram contato constante, trocando mensagens que, em sua maioria, faziam uso de códigos simplificados. Entre eles, a letra “a” era utilizada para indicar o recebimento da última comunicação, enquanto “aa” – uma versão informal do código Morse para “fim da linha” – sinalizava o término de uma mensagem. A letra “k” também foi empregada com frequência para confirmar que os sistemas de comunicação de ambas as partes estavam funcionando de maneira adequada.