A Tupperware Brands, renomada fabricante dos icônicos recipientes plásticos, protocolou nesta quarta-feira (18) um pedido formal de recuperação judicial nos Estados Unidos, buscando proteção sob a Lei de Falências norte-americana. A medida ocorre em meio a crescentes dificuldades financeiras, com a empresa enfrentando desafios severos na tentativa de renegociar uma dívida superior a US$ 700 milhões (cerca de R$ 3,9 bilhões).
Em comunicado direcionado ao mercado, a companhia assegurou que continuará suas operações e manterá a administração de seus ativos enquanto dá início ao processo de venda da empresa. A Tupperware enfatizou que buscará a aprovação judicial para conduzir a transação, preservando a marca, que há décadas se consolidou como sinônimo de qualidade e inovação no setor, ao mesmo tempo que avança sua transformação digital.
“A empresa também buscará a aprovação do tribunal para facilitar o processo de venda, com o objetivo de proteger sua marca icônica e acelerar sua transição para uma empresa digital, impulsionada pela tecnologia”, destacou a companhia em nota oficial. Entre as iniciativas mencionadas, estão pedidos de aprovação para “moções operacionais e administrativas”, visando mitigar impactos sobre colaboradores, fornecedores e demais partes envolvidas.
A empresa reforçou seu compromisso com o pagamento de salários e a quitação de dívidas com determinados parceiros comerciais, além de garantir o cumprimento de suas obrigações fiscais.
Laurie Ann Goldman, presidente da Tupperware, ressaltou que a situação financeira da empresa foi gravemente comprometida pelas condições macroeconômicas dos últimos anos. “Exploramos diversas alternativas estratégicas e concluímos que essa é a melhor solução para avançarmos”, declarou a executiva.
Processo
Goldman reforçou ainda que o processo de recuperação judicial proporcionará à Tupperware a flexibilidade necessária para explorar soluções que apoiem sua transformação em uma companhia digital, mais bem posicionada para atender às expectativas de seus stakeholders.
