Viralizou nesta semana um vídeo da historiadora Tertuliana Lustosa fazendo uma dança obscena durante uma palestra ministrada na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O registro gerou uma mobilização na internet e fez a UFMA se pronunciar e abrir uma investigação.
“A UFMA informa que está averiguando o ocorrido e tomará as providências cabíveis, após o comprometimento de ouvir todas as vozes, reafirmando seu compromisso com um ambiente acadêmico inclusivo, respeitoso e transparente”, informa trecho da nota.
O caso teve início quando, na condição de palestrante, Lustosa foi convidada pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política – GAEP, para apresentar a sua pesquisa durante a Mesa-Redonda “Dissidências de gênero e sexualidades”.
Enquanto falava aos ouvintes e participantes, ela reproduziu e performou uma de suas canções, “considerada inapropriada para o momento e a construção do debate acadêmico-científico em que se encontrava”, afirmou a Universidade.
“Por ser um lugar de múltiplas formas de conhecimento, os cursos, de graduação e de pós-graduação, possuem autonomia para discutir os variados temas que permeiam a nossa sociedade e que se apresentam com base em diversas teorias científicas. Ressalta-se, contudo, que a UFMA não compactua com quaisquer tipos de ações que possam desrespeitar os valores e princípios basilares da instituição”, pontuou ainda a nota.
Tertuliana é também autora da música “Murro na costela do viado”, que canta no grupo “A Travestis”. Após a repercussão negativa, ela postou um novo vídeo se pronunciando e afirmando que será ministra da Educação.
“Pros (sic) fascistas que me odeia, só um recadinho: eu ainda vou ser sua ministra da Educação, bebê”, afirmou a historiadora após vídeo de sua palestra da última quinta-feira (17).
Já a UFMA concluiu a nota afirmando “que todos os esforços da Universidade buscam a melhoria de uma sociedade mais justa, inclusiva e comprometida com a pluralidade de vozes e saberes em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade”.