A apresentadora e influenciadora digital Cíntia Chagas, por meio de sua defesa, ingressou na Justiça de São Paulo com um pedido de prisão preventiva contra o ex-marido, o deputado estadual bolsonarista Lucas Bove (PL), na última quinta-feira (17).
O pedido acontece após vazamentos de mensagens no Whatsapp entre Chagas e Lucas Bove. A defesa argumenta que o deputado, que é vice-líder do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), não poderia ter se manifestado direta ou indiretamente sobre o assunto nas redes sociais, conforme determinação judicial.
De acordo com a advogada da influenciadora, o deputado vem descumprindo medidas cautelares impostas no processo em que é apontado como agressor da ex-mulher, em ação de violência doméstica.
Na semana passada, o deputado comentou sobre o caso na tribuna da Alesp e em seu perfil nas redes sociais. Ele disse que “jamais encostaria a mão para agredir uma mulher” e que “a verdade será restabelecida”.
O advogado Daniel Bialski, que representa Lucas Bove, negou que o seu cliente tenha vazado qualquer informação do processo para a imprensa ou terceiros.
Ele classificou o pedido de prisão como “absolutamente incabível” e disse que o réu “não infringiu nenhuma medida protetiva”.
Relembre o caso
Cíntia Chagas encerrou o seu casamento com o Lucas Bove em agosto deste ano. Segundo o Portal Leo Dias, Chagas teria relatado episódios de agressão física e pedido uma medida protetiva contra o ex-marido no início do mês passado. O casamento durou apenas três meses, após o casal namorar por dois anos.
O Portal Leo Dias teve acesso a um boletim de ocorrência, no qual consta mais de um episódio de violência doméstica. No depoimento em que pediu medida protetiva, a comunicadora relatou que viveu um relacionamento tóxico e descreveu o político como “possessivo, ciumento e controlador”.
Em um dos casos de violência física e psicológica relatado por Cíntia, Lucas Bove teria arremessado uma faca na perna da então esposa e, em outro, ameaçado queimar seus pertences. O deputado negou as acusações e reiterou acreditar que “a Justiça irá prevalecer”.