Cresceu 46% o número de cidades da Amazônia Legal que têm a presença de facções criminosas. É o que aponta o estudo “Cartografias da violência na Amazônia”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto Mãe Crioula (IMC), divulgado nesta quarta-feira (11) .
Fazem parte da área da Amazônia Legal os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. A área ambiental é resguardada por lei desde 1953.
“A disseminação de facções criminosas que atuam especialmente no narcotráfico é um fenômeno que se consolidou há cerca de uma década, gerando crescimento dos homicídios e ameaçando ainda mais o modo de vida dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas”, aponta o relatório.
O levantamento afirma ainda que não há como debater estratégias e políticas para manter a Floresta Amazônica de pé sem considerar a grave ameaça que o crime e a violência representam na região hoje.
Outros números:
22 facções vinculadas ao narcotráfico ocupam a região
57,9% dos habitantes da Amazônia estão sob o jugo do crime organizado
A taxa de mortes violentas intencionais (mvi) é de 33,8 / por 100 mil, 45% superior à média nacional
Entre 2021 e 2022, os assassinatos em cidades rurais na Amazônia cresceram 7,3%