O eterno Vlad de ‘Vamp’, Ney Latorraca morreu nesta quinta-feira (26), aos 80 anos, no Rio de Janeiro. O ator e diretor estava internado desde o dia 20 de dezembro em uma clínica médica na Gávea, Zona Sul do Rio, devido ao agravamento de um câncer de próstata. A causa da morte foi uma sepse pulmonar.
Além do icônico vampiro-chefe – de idade desconhecida – ele ficou conhecido também por Barbosa, em ‘TV Pirata’, e Ravengar, de “Que Rei Sou Eu?”. Latorraca nasceu em Santos (SP) em 25 de julho de 1944 e puxou a artisticidade dos pais. Seu pai, Alfredo, era cantor e crooner de boates. A mãe, Tomaza, era corista.
Ainda na juventude, criou a banda Eldorado com amigos da escola onde se formou, o Instituto de Educação Canadá. Em 1964, fez sua estreia no teatro aos 19 anos, em uma peça chamada “Pluft, o fantasminha”.
Já na capital paulista, pouco tempo depois, Ney Latorraca integrou o elenco da peça “Reportagem de um Tempo Mau”. O espetáculo, porém, foi censurado pelo governo militar antes mesmo de sua estreia, e alguns atores chegaram a ser presos.
Depois disso, retornou a Santos e entrou na Escola de Arte Dramática, onde participou de produções locais.
Em 1969, estreou na televisão, em “Super Plá”, da TV Tupi, e no cinema, com o filme “Audácia, a Fúria dos Trópicos”. Latorraca, então, trabalhou na TV Cultura e na Record, até estrear na Rede Globo, em 1975, na novela “Escalada”, de Lauro César Muniz, quando contracenou com nomes como Tarcísio Meira e Susana Vieira.
Ney ficou especialmente conhecido por seu trabalho na novela Vamp (1991), da TV Globo, quando interpretou o icônico conde Vladimir Polanski. Descrito como um “monstro imortal e insaciável”, o vampiro se tornou um marco na cultura pop brasileira.
Não muito diferente do seu mais importante personagem – entre tantos papéis relevantes ao longo da carreira – Latorraca deixou suas marcas na cultura pop nacional e poderia ser descrito como um ator mortal, mas insaciável.