Um motorista avançou sobre uma multidão que celebrava a virada de ano em Nova Orleans, no Sul dos Estados Unidos, na região da Bourbon Street. Ao menos dez pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas após o incidente, confirmou a agência de preparação para desastres da cidade, Nola Ready. Segundo testemunhas, o suspeito ainda teria aberto fogo depois de atropelar dezenas de pessoas.
A ação aconteceu numa das áreas mais famosas de Nova Orleans e a poucas horas da cidade sediar o Sugar Bowl, tradicional jogo de futebol americano entre faculdades. Segundo a agência Nola, os feridos foram encaminhados para hospitais da região. Ainda não há informações disponíveis sobre o estado de saúde dos feridos e a gravidade dos casos.
“O 8º Distrito está atualmente trabalhando em um incidente com vítimas em massa envolvendo um veículo que atropelou uma grande multidão nas ruas Canal e Bourbon. Há 30 pacientes feridos que foram transportados pelo NOEMS (New Orleans Emergency Medical Services) e 10 fatalidades. Parceiros de segurança pública estão respondendo [à ocorrência] no local. Atualizações serão divulgadas assim que forem recebidas”, afirmou a agência em comunicado.
A identidade do suspeito pelo atentado não foi divulgada. Testemunhas relataram à CBS News que o motorista avançou em alta velocidade sobre a multidão e, na sequência, ao descer do veículo, abriu fogo contra os presentes. Agentes da polícia teriam revidado com disparos na direção do suspeito.
Em vídeos publicados nas redes sociais, várias pessoas aparecem deitadas no chão, feridas. Em alguns registros, é possível ouvir tiros, de acordo com a BBC.
Uma testemunha relatou à CNN que a festa de Ano Novo virou um cenário de “horror” após a ação letal do motorista. “Tudo o que vi foi um veículo batendo em todos no lado esquerdo da calçada da Bourbon”, disse Kevin Garcia, de 22 anos, à rede americana. “Um corpo veio voando em minha direção”, completou, acrescentando que também ouviu tiros serem disparados.
Outra testemunha, Whit Davis, também de 22 anos, contou à CNN que estava dentro de uma boate quando ouviu gritos na rua.
“Todos começaram a gritar e a berrar e a correr para os fundos, e então basicamente entramos em lockdown por um tempo. Depois acalmou, mas eles não nos deixaram sair [da boate]”, contou. “Quando finalmente nos deixaram sair da boate, a polícia nos disse para sair da área rapidamente. Vi alguns corpos que eles não conseguiram cobrir e várias pessoas recebendo primeiros socorros”, acrescentou.