Após a morte da japonesa Tomiko Itooka, de 116 anos, uma freira brasileira passou a ser reconhecida como a pessoa mais velha do mundo. Inah Canabarro Lucas, também com 116 anos, foi oficialmente confirmada na posição neste sábado (4) pelo LongeviQuest, um instituto especializado em longevidade global.
Segundo a biografia publicada no site, Inah nasceu em 8 de junho de 1908 em São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, e reside atualmente em Porto Alegre, na congregação das Irmãs Teresianas Brasil. Aos 16 anos, ingressou na vida religiosa ao iniciar seus estudos no internato de Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento, também no estado gaúcho.
Ao longo de sua trajetória, morou em Montevidéu, no Uruguai, onde fez seus votos para se tornar freira, e no Rio de Janeiro, para ensinar português e matemática em uma escola da Tijuca, antes de retornar ao seu estado natal.
Em 2018, ao completar 110 anos, a freira recebeu uma bênção apostólica do Papa Francisco, acompanhada de um certificado que, conforme o LongeviQuest, ela exibe em seu quarto. Esse reconhecimento do Vaticano foi um momento marcante em sua vida.
Em janeiro de 2022, após o falecimento de Antônia de Santa Cruz, ela foi oficialmente reconhecida como a pessoa mais velha do Brasil. Mais tarde, em julho do mesmo ano, após a morte de Sofia Rojas, da Colômbia, o LongeviQuest validou Inah como a pessoa mais velha da América Latina.
Apesar de todos esses reconhecimentos, o Guinness World Records, que havia confirmado a japonesa Tomiko como a pessoa mais velha do mundo, ainda não oficializou quem assumirá a liderança dessa lista.
O Brasil também tem outro representante entre os mais velhos do mundo. Em novembro de 2024, o cearense João Marinho Neto, de 112 anos, foi reconhecido pelo Guinness World Records como o homem mais velho do planeta. Natural de Maranguape, ele viveu grande parte de sua vida como agricultor. Atualmente, reside em um lar de idosos na cidade de Apuiarés, no Ceará.
Com mais de 110 anos de expertise em longevidade, a LongeviQuest se destaca no monitoramento e mapeamento de supercentenários ao redor do mundo. Com uma equipe de pesquisadores globais, a organização mantém uma parceria com a European Supercentenarian Organisation (ESO).
A elegibilidade requer que o supercentenário tenha, no mínimo, 108 anos. Inicialmente, um pesquisador vinculado ou uma organização credenciada realiza uma avaliação preliminar. Em seguida, o candidato precisa enviar documentos de diferentes fases de sua vida, como infância, juventude, vida adulta e velhice.