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Peixes desaparecem de rio do Amazonas após construção de hidrelétricas, revela pesquisa

A pesquisa foi realizada para avaliar a permanência de sete espécies endêmicas, originalmente apenas do rio Uatumã, um dos principais afluentes da margem esquerda do rio Amazonas
A pesquisa apontou que a transformação de água corrente em lagoa impactou também a qualidade da água e, consequentemente, a vida dos moradores da região. Foto: Leandro Sousa/ Divulgação Gov.

As usinas hidrelétricas de Balbina e Pitinga foram construídas há mais de três décadas no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas. Um estudo do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), em parceria com as universidades do Amazonas e do Pará, identificou que peixes endêmicos que viviam na região desapareceram da área.

A pesquisa foi realizada para avaliar a permanência de sete espécies endêmicas, originalmente apenas do rio Uatumã, um dos principais afluentes da margem esquerda do rio Amazonas. Os primeiros resultados de campo, em 2023, indicaram que os peixes ameaçados de extinção, localizados antes da construção das barragens, não foram encontrados na região. Um deles é o Badi, uma espécie de pacu de fácil reconhecimento e muito abundante nas cachoeiras do rio Uatumã na década de 1980.

Além de prejudicar a biodiversidade, a pesquisa apontou que a transformação de água corrente em lagoa impactou também a qualidade da água e, consequentemente, a vida dos moradores da região.

Na segunda fase do projeto, em outubro de 2024, uma expedição foi realizada no rio Abacate, mas novamente nenhuma espécie-alvo foi encontrada. O material coletado e uma nova expedição ao rio Japu, que apresenta ambientes similares ao rio Uatumã, ainda estão em análise no INPA.

A expectativa dos pesquisadores é dar continuidade ao projeto e fornecer informações para subsidiar planos de conservação e ações junto a órgãos governamentais e instituições de preservação, como o Ibama e o ICMBio.

Com informações da Victor Litaiff da Radioagência

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