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Trump diz em Davos que EUA se tornarão país da meritocracia e promete tarifas a produtos estrangeiros

ele disse que o tratamento que seu país recebe da União Europeia é injusto e será reexaminado, citando os processos do bloco contra os gigantes da tecnologia
A medida vale para competições em escolas e universidades. Foto: Reprodução/Flickr/Gage Skidmore

Recém-empossado pela segunda vez, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi recebido no principal palco do Fórum Econômico Internacional em Davos, na Suíça, com ansiedade. “Como o senhor pode imaginar, sua posse e as promessas que o senhor fez estiveram no centro das discussões aqui”, disse o fundador do Fórum, Klaus Schwab, ao apresentar o americano.

Mostrando-se à vontade e bem-humorado, Trump fez uma ode ao que chama de meritocracia, prometeu transformar os EUA na capital da inteligência artificial e das criptomoedas, eliminar dez regulamentações a cada regulamentação nova que implementar e cortar impostos no que enuncia como uma “nova era de ouro”.

“Minha mensagem para o mundo é simples: venha fabricar seu produto nos EUA que nós lhe daremos benefícios fiscais. Se você não quiser, o que é uma prerrogativa sua, você terá de pagar taxas para nós, cujas alíquotas variarão.”

A questão tarifária assombrou os participantes do Fórum ao longo da semana. Muitos dos economistas que falaram em painéis do evento, incluindo americanos, afirmam que a medida alimentará a inflação nos EUA, com consequências para o mundo todo.

Respondendo a perguntas de um painel de especialistas após falar por 15 minutos, ele disse que o tratamento que seu país recebe da União Europeia é injusto e será reexaminado, citando os processos do bloco contra os gigantes da tecnologia.

Em outra medida anunciada desde a campanha eleitoral e temida por parte dos executivos em Davos por seu efeito na mão de obra de pequenas empresas, Trump disse ainda que agirá já nesta semana para deportar imigrantes em situação irregular nos EUA, que segundo ele “violam o território”.

E retomou sua bandeira contra as políticas de diversidade: “Meu governo agiu para acabar com toda essa baboseira de ações de diversidade, equidade e inclusão. Os EUA, ouçam bem, se tornarão um país baseado em mérito”.

“Nesta semana eu também tomarei medidas incisivas para acabar com a invasão da nossa fronteira sul, que tomou uma proporção que jamais foi vista, o que é ridícula”, afirmou. “Não permitiremos que nosso território seja violado.”

O republicano afirmou ainda que “o governo não vai mais etiquetar o que as pessoas dizem como desinformação ou informação falsa, as palavras preferidas dos censores” e que aboliu o programa econômico ambiental lançado na gestão anterior, o qual chamou de “ridículo e inútil”.

“O que aconteceu nas últimas horas desde então foi apenas uma revolução do senso comum”, disse Trump. “Meu governo está trabalhando com velocidade inédita para desfazer os desastres que um grupo inepto havia feito”, afirmou, referindo-se ao governo de seu antecessor democrata, Joe Biden.

Indagado sobre sua promessa de acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, ele repetiu que o faria e que esta “é uma guerra que nunca deveria ter começado”, mas não deu detalhes de como pretendia conduzir a questão.

Esta é a terceira vez que Trump participa do Fórum em Davos. Desta vez, contudo, porque a posse ocorreu na segunda-feira (20), ele falou ao vivo por telão, no púlpito presidencial, usando o brasão da águia americana como pano de fundo.

Em seu primeiro mandato, ele foi à reunião no balneário alpino em duas ocasiões: a primeira em 2018, quando pôs uma fanfarra no palco, e a segunda em 2020, quando entrou em um embate com a ativista ambiental Greta Thunberg.

Desta vez, sua participação dividiu os participantes do evento que reúne a elite política, econômica e acadêmica global. Há quem esteja aterrorizado e quem esteja exultante, mas a maioria se mostra apenas apreensiva pelas primeiras medidas efetivas antes de opinar. Por dificultar decisões, essa apreensão acabou, de certa forma, paralisando o evento.

Com informações de Luciana Coelho, da Folhapress.

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