Segundo dados do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), o estado registrou uma queda no número de focos de calor e áreas desmatadas em março de 2025. Durante o mês, foram identificados cerca de 24 focos de calor, uma redução de quase 32% em relação aos 35 focos registrados no mesmo período de 2024.
Além disso, o desmatamento também diminuiu. Em março deste ano, foram desmatados pouco mais de 8.300 hectares, contra quase 9 mil hectares no ano anterior, resultando em uma redução de 7,57%.
Priscila Carvalho, coordenadora do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP), destacou que os focos de calor nem sempre indicam queimadas ilegais. Muitas vezes, são causados por atividades humanas autorizadas, como queimadas controladas, ou fenômenos naturais, como a vegetação seca.
O instituto também informou que a colaboração entre órgãos ambientais e o uso da plataforma Rede Mais, que utiliza imagens de 180 satélites, tem sido essencial para monitorar e proteger as florestas do estado.
O desmatamento ilegal no Amazonas pode gerar multas de R$ 5 mil por hectare, e esse valor pode ser dobrado em casos de uso de fogo ou incêndios ilegais. Áreas desmatadas ilegalmente podem ser embargadas e os equipamentos apreendidos. Queimadas não autorizadas também são passíveis de multa de R$ 3 mil por hectare, conforme o Decreto Federal nº 6.514/2008.
Segundo o Ipaam, os municípios com mais focos de calor em março foram:
- São Gabriel da Cachoeira: 12 focos
- Santa Isabel do Rio Negro: 2 focos
- Apuí: 1 foco
Quanto ao desmatamento, os maiores números foram registrados em:
- Lábrea: 2.041 hectares
- Novo Aripuanã: 1.767 hectares
- Apuí: 973 hectares