A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento Mounjaro para o tratamento da obesidade, desde que a condição esteja associada a pelo menos uma comorbidade. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (9).
A caneta aplicadora começou a ser comercializada no Brasil em maio, mas, até então, era indicada apenas para o tratamento do diabetes tipo 2.
O medicamento contém tirzepatida, um composto que auxilia no controle da taxa de açúcar no sangue e na redução de peso dos pacientes. A aplicação do Mounjaro é semanal, e a tirzepatida atua reduzindo a produção de glicose no fígado, retardando o esvaziamento do estômago, diminuindo a motilidade intestinal e estimulando a produção de insulina.
Segundo a fabricante, Eli Lilly do Brasil, esta é a primeira medicação disponível no mercado aprovada para atuar simultaneamente sobre os receptores de dois hormônios relacionados ao controle do apetite.
Quanto aos efeitos adversos, a empresa informa que, em sua maioria, são reações gastrointestinais como diarreia, náuseas e vômitos, geralmente de intensidade leve a moderada.
De acordo com a bula, entre as reações comuns, que ocorrem em 1% a 10% dos pacientes, estão: dor abdominal, vômito, dispepsia (indigestão), constipação (prisão de ventre), distensão abdominal, eructação (arroto), flatulência (gases), doença do refluxo gastroesofágico, fadiga, colecistite aguda (inflamação da vesícula biliar), reações no local da injeção, hipersensibilidade e redução do apetite.
Para a aquisição do medicamento, a Anvisa já havia determinado anteriormente a obrigatoriedade da retenção da receita médica. No mercado brasileiro, a caneta estará disponível nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg.