O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), recuou em relação às suas falas sobre a decisão judicial que determinou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Após a decisão ser expedida, o deputado André Fernandes (PL-CE) reagiu e cobrou o presidente da Casa em plenário, pedindo que a decisão sobre a cassação do mandato de Zambelli seja tomada pelos próprios deputados federais.
“A sua declaração, Hugo Motta, na GloboNews, foi uma declaração infeliz, dizendo que uma decisão judicial se cumpre e que não teria mais o que fazer no caso da deputada Zambelli”, afirmou Fernandes.
Motta respondeu sobre a cobrança. “Eu quero dizer a Vossa Excelência que eu não funciono no grito e não vai ser a Vossa Excelência insinuando que eu sou isso ou aquilo que eu vou agir a favor ou contra esse tema”.
Após a cobrança de Fernandes, Motta voltou atrás e afirmou que a perda do mandato de Zambelli será decidida em plenário, reconhecendo que houve precipitação de sua parte ao avaliar o caso. “O plenário é que tem a legitimidade e decide para onde a Casa vai”, afirmou, “ele é soberano e está acima de cada um de nós”, afirmou ele.
Zambelli está licenciada do cargo e deixou o Brasil no fim de maio. Ela foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Atualmente, seu nome consta na lista da Interpol.
Lei da Anistia
O deputado do PL ainda cobrou o presidente da Câmara para pautar a Lei da Anistia. Segundo ele, houve um compromisso durante a eleição para a presidência da Casa.
“Uma pauta clara era a pauta da anistia. O que nos foi prometido claramente: votem no Hugo Motta, que a anistia será pautada. Se passaram cinco meses, nós estamos no mês de junho, nós não vemos a anistia sendo pautada, nós não vemos o IOF sendo barrado e mais além do que qualquer coisa, nós não estamos vendo a defesa constitucional dessa Casa”, disse o parlamentar do PL.