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Ceará

Casos graves de síndrome respiratória ultrapassam 1.800 em maio; quase um terço envolve bebês 

Por Clara Sobreira
Atualizado há 3 semanas
Tempo de leitura: 3 mins
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A faixa etária mais afetada foi a de bebês com até seis meses de vida. Foto: Governo do Estado do Ceará

Em maio, o Ceará registrou 1.866 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), marcando o pico de internações por vírus respiratórios em 2025 no estado. A faixa etária mais afetada foi a de bebês com até seis meses de vida, que representaram 31,6% dos casos (590 registros). 

Os vírus mais frequentes nesse período foram o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o Influenza A, com maior impacto em crianças e idosos, respectivamente. Ao longo do ano, o Ceará identificou 1.088 infecções por VSR, sendo a maioria grave em crianças. Já o Influenza foi responsável por 461 internações, principalmente em pessoas com 70 anos ou mais.

Segundo o secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antônio Lima Neto (Tanta), há tendência de queda nos casos em junho, com redução na circulação dos principais vírus nas primeiras semanas do mês. Ele destaca que, embora o VSR tenha pressionado redes de saúde em outras partes do país, “não foi o caso do Ceará”, já que o estado conseguiu manter a capacidade de atendimento.

Um dos pontos de atenção, segundo o secretário, foi o atraso no pico de circulação viral, que neste ano ocorreu em maio, e não em abril, como de costume. Além disso, a alta de casos foi mais prolongada. Tanta também projeta a chegada da vacina contra o VSR para gestantes em breve: “A gente espera que esse ano, no mais tardar no ano que vem, a gente tenha vacinação disponível para as gestantes”.

O município de Sobral liderou o número de casos de Srag em maio, com 367 internações. A alta foi puxada pela demanda no Hospital Regional Norte (HRN), que atende cerca de 70 municípios da região. Diante do aumento de internações, a prefeitura abriu dez leitos pediátricos novos em maio, e mais nove em junho na retaguarda no Hospital Municipal Estevão Pontes, todos rapidamente ocupados. “Nós já tivemos 79 crianças rodando nesses 19 leitos”, informou o secretário de Saúde de Sobral, Meykel Gomes. 

Para reduzir a sobrecarga do HRN, a cidade também estendeu o horário de funcionamento de cinco centros de atenção primária até as 22h. Em maio, mais de 4.100 crianças de até 14 anos foram atendidas por síndromes gripais nas unidades básicas de saúde da cidade, e cerca de 8.580 pessoas buscaram atendimento com sintomas gripais. “A partir de abril, quando a gente percebeu que a curva começou a acelerar, começou a criar plano de contingência”, completou Meykel.

Apesar da previsão de redução nos casos, o secretário alerta para a necessidade de manter os cuidados com bebês, principalmente os ainda não vacinados. “Tem um número importante de crianças muito pequenas que podem desenvolver um quadro de bronquiolite. Ainda é um momento de manter as medidas de etiqueta respiratória, proteger os mais frágeis”, reforça.

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