O influenciador Vittor Fernando, conhecido pelos vídeos de humor nas redes, afirmou nesta terça-feira (21) que foi alvo de “ameaças de processo” depois de se fantasiar de Fofão durante o baile de Halloween da Sephora, realizado no sábado (18) em São Paulo. No vídeo, ele diz que fotos e vídeos da caracterização foram retiradas do ar após mensagens enviadas por representantes da família de Orival Pessini, criador do personagem.
Na publicação, o influenciador contou que a homenagem foi pensada com cuidado e sem fins comerciais. “Eu sabia que poderia ferir direitos autorais. Por isso, recusei propostas de marcas que queriam fazer publicidade com a fantasia. Fiz tudo apenas para me divertir”, explicou.
Mesmo assim, Vittor relata que recebeu diversas mensagens que pediam a retirada do conteúdo. “Meus empresários e as pessoas que trabalharam comigo na produção da fantasia também foram contatados. Diziam que, se não tirássemos o conteúdo do ar, seríamos processados”, afirmou.
Com mais de 5 milhões de seguidores, o criador de conteúdo disse ter decidido apagar as postagens para evitar desgaste. “Eu poderia deixar no ar e talvez nem perdesse o processo, porque existe a liberdade de se fantasiar. Mas era só uma fantasia de Halloween, não valia a pena”, declarou.
Vittor afirmou ainda que sua intenção era celebrar um ícone da cultura brasileira. “Pesquisei sobre o personagem, sobre o ator, e quis fazer uma homenagem bonita. Nunca quis desrespeitar ninguém.”
Procurado pela reportagem, Álvaro Gomes, proprietário da marca e dos direitos autorais do Fofão, afirmou que não houve ameaça de processo judicial. Segundo Gomes, ele conversou com a agência responsável por Vittor de forma amigável, pedindo a retirada do conteúdo para evitar problemas de imagem para o personagem infantil.
“O pedido para a retirada do conteúdo está ligado ao fato de prejudicar a imagem do personagem. Nos vídeos, ele aparecia como um tipo de boneco do terror, fumando, bebendo e tirando a máscara, o que quebra a magia. Esse não é o Fofão que criamos desde 1983”, disse Gomes.
*Por Ana Clara Cottecco, da Folhapress


