Uma descoberta interestelar tem despertado a atenção no cenário científico mundial. No final da noite de 1º de julho, um telescópio no Chile, que faz parte do Sistema Global de Alerta de Impacto Terrestre de Asteroides (ATLAS), financiado pela NASA, captou um novo ponto em movimento no céu, um objeto não-identificado viajando além da órbita de Júpiter.
O objeto foi batizado como Cometa 3I/ATLAS, após um frenético trabalho de acompanhamento realizado por astrônomos ao redor do mundo para examiná-lo mais a fundo e procurar por aparições adicionais.
Segundo a Scientific American, importante revista científica americana, avistamentos da Instalação Transiente Zwicky, no Observatório Palomar, localizado no Condado de San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos, bem como de outros telescópios, permitiram um cálculo mais preciso da trajetória do cometa. Ele estava se aproximando do sistema solar a quase 70 quilômetros por segundo, em relação ao Sol.
De acordo com os cientistas que publicaram na revista, em vez de seguir uma órbita parabólica típica, a velocidade que o 3I/ATLAS está esculpindo uma órbita hiperbólica, um caminho que leva o objeto a atravessar o sistema solar interno antes de retornar ao vazio interestelar. É muito provável que tenha vindo dos arredores de algum outro sistema planetário ou outra estrela passageira.
Apesar dos boatos, cientistas da Scientific American garantem: não há ameaça à Terra. Segundo eles, durante sua breve permanência no sistema solar, projeta-se que o cometa não se aproxime mais do que 240 milhões de quilômetros do nosso planeta.
O objeto fará sua maior aproximação do Sol por volta de 30 de outubro, atingindo uma distância de cerca de 210 milhões de quilômetros, bem próximo da órbita de Marte.




