A Petrobras estima que a perfuração do primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial, será concluída em aproximadamente cinco meses. A informação foi confirmada pela presidente da companhia, Magda Chambriard, durante participação na Offshore Technology Conference (OTC Brasil), no Rio de Janeiro.
“Na solicitação original [ao Ibama], pleiteamos a perfuração de um poço pioneiro e mais três poços contingentes. No momento, o foco não está nos poços contingentes. Teremos que aguardar. Por isso, é imprescindível esperar o resultado do primeiro. À medida que o trabalho avançar, teremos uma visão mais clara”, afirmou a titular da estatal.
De acordo com a executiva, a perfuração na Foz do Amazonas faz parte de uma estratégia mais ampla de ampliar o acesso às reservas de petróleo e gás em diferentes regiões do país. Ela ressaltou ainda que o Brasil possui potencial petrolífero expressivo e diversificado, com bacias que se estendem do Norte ao Sul do território.
Apesar da atenção voltada à Margem Equatorial, Chambriard garantiu que a estatal mantém o olhar voltado para oportunidades fora do país. A Petrobras segue avaliando novas frentes de exploração em nações africanas, como Angola e São Tomé, reafirmando sua intenção de expandir a atuação internacional.
Potencial da região
Com as recentes licenças ambientais concedidas pelo Ibama à Petrobras, a Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, vem demonstrando potencial e começa a ganhar destaque no setor energético global, tida como uma das novas fronteiras energéticas mais promissoras do país para a exploração de petróleo e gás natural. Estimativas apontam para 20 a 30 bilhões de barris de petróleo na região.
Na última semana, o Porto do Itaqui, em São Luís, no Maranhão, recebeu o Ramform Titan, considerado o maior navio de pesquisa sísmica do mundo. Operado pela empresa norueguesa TGS, o navio veio ao Brasil para realizar estudos ecológicos nas bacias de Barreirinhas e Pará-Maranhão, áreas que integram a Margem Equatorial.
O diretor-presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Allan Kardec, destacou que a região Norte-Nordeste representa a nova “fronteira exploratória” do país. “É aqui que reside a solução para a reposição de reservas de petróleo, para a autossuficiência e desenvolvimento econômico e social do Brasil nas próximas décadas”, relatou o titular.




