Em maio deste ano, o Governo Federal anunciou a atualização do programa Minha Casa Minha Vida. Desta vez, para atender famílias com renda mensal bruta de até R$ 12 mil pelo MCMV – Classe Média, modalidade disponibilizada pela Caixa Econômica Federal, também conhecida como ‘Faixa 4’. O programa amplia o acesso ao crédito habitacional pelo FGTS para um público que ainda não era contemplado integralmente pelas faixas tradicionais do programa.
O financiamento conta com taxa de juros nominal de 10% ao ano e valor máximo do imóvel para compra até R$ 500 mil — R$ 150 mil a mais que o limite anterior da Faixa 3. Para imóveis novos, o financiamento cobre até 80% do valor; para imóveis usados, esse percentual varia entre 60% nas regiões Sul e Sudeste, e 80% nas demais regiões do país.
A expectativa é de que cerca de 130 mil famílias adicionais poderão ser contempladas, totalizando aproximadamente 250 mil beneficiadas pelas novas regras do programa, democratizando o acesso ao crédito para a classe média.
Para tratar deste assunto, João Ximenes Fiúza, vice-presidente do Grupo Diagonal e Victa Engenharia, falou com exclusividade à Urbnews. Joãozinho, como é conhecido no meio, comentou os desafios enfrentados pela classe média quando o assunto é financiamento imobiliário.
“A classe média, sem subsídio, perde força e perde poder de compra. E a gente não conseguia absorver [essa faixa] porque realmente [a classe média] precisaria ser ajudada com subsídios federais”, refletiu Joãozinho.
Acerca da nova política de financiamento proposta pelo governo, o especialista complementou dizendo que a criação da Faixa 4 foi um acerto. “A nova modalidade do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) foi uma coisa muito inteligente do governo atual que permitiu que os imóveis até R$ 500 mil e 12 mil de renda (para as famílias) fossem ter, realmente, taxas especiais”, concluiu.
A Victa Engenharia é abrangida pelo Grupo Diagonal, empresa gerida por João Fiúza, pai de Joãozinho. Embora a Victa esteja há apenas 10 anos no mercado, o grupo da qual faz parte soma mais de 40 anos de consolidação no segmento da construção civil, sendo, portanto, um dos principais players do mercado imobiliário do Ceará.
Sendo, portanto, um braço estratégico do Grupo Diagonal, abrangendo uma faixa econômica do mercado imobiliário, a Victa levou para casa o Troféu Waldyr Diogo de Construtora do Ano na 22ª edição do Prêmio da Construção, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon Ceará) na noite do último dia 13 de novembro. O grupo como um todo segue se adaptando ao mercado.
“Por essa razão, a gente decidiu seguir com a Diagonal Inc. A gente vai com a Victa até R$ 350 mil (Faixa 3 do Minha Casa Minha Vida) e, na mesma modalidade da Victa, com acabamentos melhores, já com porcelanato, paisagismo um pouco mais rebuscado, para um cliente um pouco mais exigente. Então isso é legal porque junta as duas características, de uma empresa fundada pelo meu pai e eu vindo na segunda geração, trazendo essa velocidade”, celebra Joãozinho.
O prêmio recebido pela Victa Engenharia é conhecido como o ‘Oscar da construção civil’, que reúne importantes nomes do setor no Ceará para reconhecer, coletivamente, o talento, a inovação e o compromisso de quem impulsiona o segmento no Estado. A categoria ‘Construtora do Ano’ completou 11 anos, e conta uma metodologia técnica rigorosa de avaliação, baseada em auditorias externas e checklists. A empresa, portanto, se consagrou pelo conjunto de excelência técnica.
Joãozinho falou, também, sobre os resultados alcançados, mesmo sendo a Victa Engenharia uma construtora ainda tão jovem. “A gente vai vender quase 2 mil unidades e chega a um número de mais de 500 milhões de vendas, pela previsão. Para uma empresa de quase 10 anos, é um número bastante expressivo, um número muito bom, um número consistente”, afirma.
Para este ano de 2025, ele celebra o crescimento e a construção de uma empresa sonhadora, socialmente engajada e com uma base sólida. “A infraestrutura que a gente traz pra cidade, ‘puxa’ esgoto, ‘puxa’ energia, tudo isso é impacto social. Tudo isso é impacto de ver as pessoas terem o seu primeiro imóvel, de inspirar e surpreender vidas, esse é o nosso propósito. É o que faz a gente acordar e vir realizar esse sonho”, diz.


