A influenciadora e educadora, Cíntia Chagas, chamou a linguagem neutra de “aberração linguística” e foi rebatida por Manuela d’Ávila, jornalista e ex-deputada federal, durante o GloboNews Debate, apresentado por Julia Duailibi, na última terça-feira (21). “Teu erro é achar que a língua é a de Camões”, disse Manuela.
Segundo Cíntias Chagas, a linguagem neutra é uma “pseudoinclusão” e o “deveria ser apenas um dialeto”.
“Exclui surdos, dislexos, autistas… Abarca uma população que não corresponde nem a 1,5% da sociedade, e não me parece justo que façamos modificações na língua portuguesa por causa desse grupo. Estamos falando da língua de Camões. Entendo que essas pessoas tenham necessidade de representatividade linguística, mas não será a língua portuguesa que dará conta disso. (…) Para mim, é uma aberração linguística”, declarou a influenciadora.
O pensamento da educadora é diferente de Manuela d’Ávila, que rebateu a fala de Cíntias afirmando que “diversas pessoas fizeram da língua portuguesa a língua que nós utilizamos hoje”.
“Até outro dia, não existia a expressão “juíza de direito”. Para mim não é só sobre a linguagem neutra. O teu erro, para mim, é achar, primeiro, que a língua é a de Camões. De Camões para cá, diversas pessoas fizeram da língua portuguesa a língua que nós utilizamos hoje. E o 1,5% de pessoas, que são as que mais morrem no nosso país, que têm uma expectativa de vida de 32 anos, na minha opinião, merece ser ouvido”, destacou a jornalista.




