Pelo menos 36 pessoas já morreram em decorrência de incêndios florestais que estão assolando a ilha de Maui, no Havaí (EUA) desde a noite de terça-feira (8). Segundo oficiais, milhares de moradores estão desabrigados e foi declarado estado de emergência.
Várias localidades estão sendo afetadas e vizinhanças inteiras já foram reduzidas a cinzas. Na cidade de Lahaina, maior destino turístico da ilha, as chamas foram intensificadas pelos ventos de um furacão distante.
Segundo especialistas da Universidade do Havaí, quase todos os anos há grandes incêndios em algumas partes do arquipélago havaiano, mas a intensidade dos incêndios deste ano é incomum.
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— Ekta Chaubey (@EktaChaubey10) August 10, 2023
O fato de ser uma área com muitos turistas está exigindo bastante das equipes de salvamento. Uma grande operação está em andamento, com abrigos e buscas por desaparecidos, além de bombeiros e helicópteros tentando debelar focos de incêndio.
Os hospitais da ilha estão recebendo dezenas de pessoas feridas, que precisam de tratamento para queimaduras e inalação de fumaça. As chamas levaram moradores a pular no mar para fugir do fogo e da fumaça. Ao menos 14 pessoas foram resgatadas na água.
O Aeroporto de Kahului está aberto e já abrigou mais de 1.800 pessoas durante a noite de quarta-feira (9). Ônibus estão sendo usados para evacuar moradores e turistas, e a companhia aérea Hawaiian Airlines aumentou sua operação para ajudar nas remoções.
Crise climática
As mudanças climáticas estão aumentando o risco de clima quente e seco, que aumenta a probabilidade de incêndios florestais em locais suscetíveis.
Segundo o painel de mudanças climáticas Copernicus, da União Europeia (UE) alertou nesta terça-feira (8), esse mês de julho foi o mais quente já registrado no mundo.
As temperaturas elevadas têm afetado várias partes do planeta, com recordes de calor nos EUA e na China, além de incêndios florestais no Canadá e no sul da Europa.