A ex-primeira dama do Brasil Michelle Bolsonaro (PL) participou do evento promovido pelo PL Mulher, neste sábado em Fortaleza. Na ocasião, a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez duras críticas a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, defendeu pautas conservadoras e na maior parte de seu discurso fez menção a minorias como surdos, autistas, pessoas com deficiências, entre outras pautas abraçadas por Michelle.
“Fazer um complemento aqui sobre essa maldita ADPF 442, o legado de morte que a ex-juíza deixou pro nosso Brasil, mas continuaremos lutando contra ela”, inicou Michelle ao falar sobre o recente posicionamento da ex-ministra Rosa Weber a favor da descriminalização do aborto no País.
No momento, a deputada federal Priscila Costa (PL) segurava uma espécie de miniatura de um bebê com 12 semanas. “Esse é um bebezinho de 12 semanas que o Judiciário quer matar. Esse é um bebezinho de 12 semanas que eles querem assassinar. Não ao aborto e sim a vida”, disse a ex-primeira dama.
Michelle direcionou seu discurso para a importância de pautas que atinjam minorias como surdos, autistas, pessoas com deficiências etc. Ela aproveitou para rebater acusações da oposição sobre ter usado os surdos como “marionetes”.
“Infelizmente com esse atual governo, um governo mentiroso, descarado, que só fala mentira e que nem fica vermelho pra mentir. Sempre falou que eu usei os surdos como marionete, mentira, eu nem precisava disso. Meu trabalho pelo surdos é porque eu amo a vida deles’, afirmou.
Participação de Bolsonaro
O ex-presidente foi o único homem a falar no evento e deu as caras já no final. Bolsonaro incentivou as mulheres a se candidatarem nas eleições municipais que se aproximam. “Ano que vem teremos eleições municipais, vocês mulheres tem que buscar espaço para melhor atender o nosso país pela via política que é a única que existe”, disse.
Bolsonaro disse ainda que eles estão “traçando uma risca no chão”. “Estamos mostrando o que é ser de direita, conservador e patriota. Temos coisas que não podemos abrir mão delas. Como por exemplo, a nossa sagrada família de cada um. O respeito às crianças, o maior patrimônio que nós temos”.
“A grande maioria do povo brasileio é cristão. 90% é católico ou evangélico. Isso tem que ser respeitado. As leis tem que ser para proteger essas maiorias. Respeitamos as minorias, mas não serão elas que darão o nosso norte”.
Embora todos os estados da Região Nordeste tenham dado vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro afirmou que ousava dizer que o Nordeste “é a região que sou melhor recebido”.
Ele falou também que apesar das dificuldades que enfrentou na sua gestão, entre 2019 a 2022, “criou muita coisa que favoreceu todos vocês”.
“Nós entregamos, lamentavelmente, o Brasil em situação bem melhor do que recebi em 2019”, alegou o ex-presidente. “Mesmo com problemas, como a questão da Covid, uma guerra lá fora, uma crise hídrica no Brasil, como nos comportamos. Ao longo do nosso mandato, criamos muita coisa que favoreceu todos vocês”.
Ele criticou ainda a economia do País atualmente e comparou o número de ministérios de Estado – eram 23 durante o seu governo, e agora são 38 no Governo Lula. “O outro lado diz que é do amor da boca pra fora, nós trabalhamos de verdade pelo nosso Brasil”, disse.