O presidente norte-americano Joe Biden, em visita a Tel Aviv, reforçou sua afirmação de que Israel não causou a explosão no Hospital Al-Ahli al-Arabi, na Faixa de Gaza, na noite desta terça-feira (17).
No momento do ataque, o hospital estava em operação, com pacientes, profissionais de saúde e pessoas internadas. Estima-se que mais de 500 pessoas morreram ou ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Quando perguntado por jornalistas o que o fazia ter tanta certeza de que Israel não causou a explosão, Biden disse que eram “dados de inteligência mostrados por meu departamento de defesa”. O grupo Hamas, que culpa Israel pela tragédia, acusou Biden de ser “cegamente enviesado”.
Surveillance camera footage confirms that a rocket misfired from Gaza by the terrorists caused the blast at the hospitalpic.twitter.com/KKueqQTyP1
— Dr. Eli David (@DrEliDavid) October 17, 2023
O presidente dos EUA também disse, em postagem no X – antigo Twitter – que tem feito “perguntas difíceis” ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, com quem tem se encontrado ao longo dos últimos dias.
Mais cedo nesta quarta-feira (18), oficiais militares de Israel apresentaram evidências que, segundo eles, mostram a explosão fatal no hospital sendo causada por um foguete defeituoso lançado pelo grupo palestino Jihad Islâmica.
“Uma análise dos sistemas operacionais das IDF indica que uma barragem de foguetes foi disparada por terroristas em Gaza, passando nas proximidades do hospital Al Ahli em Gaza no momento em que foi atingido”, disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, em inglês)
OMS condena ataque
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nota condenando o ataque aéreo ao hospital Al Ahli Arab, localizado no norte da Faixa de Gaza. De acordo com a OMS, o hospital era uma das 20 instituições da região que receberam ordens de evacuação pelas forças de segurança israelenses.
“A ordem de evacuação tem sido impossível de ser executada dada a atual insegurança, o estado crítico de muitos pacientes e a falta de ambulâncias, pessoal, capacidade de camas do sistema de saúde e abrigo alternativo para os deslocados”, diz a organização internacional.
A OMS pede a suspensão das ordens de evacuação e a proteção dos civis e das unidades de saúde durante o conflito Israel-Hamas. “O direito humanitário internacional deve ser respeitado, o que significa que os cuidados de saúde devem ser ativamente protegidos e nunca visados”.
Com informações da BBC e Agência Brasil.