O governo do Egito realiza, neste sábado (21), uma reunião com representantes de vários países para debater os desdobramentos do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas e a escalada da violência no Oriente Médio. O principal tema do encontro é a crise humanitária na Faixa de Gaza.
Dentre os participantes estão os líderes da Palestina, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, e Catar. Também estão previstos para participar os primeiros-ministros do Iraque, Itália, Espanha e Grécia. Alemanha e França devem enviar ministros de relações internacionais. Israel e EUA não devem comparecer.
O Brasil será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Antes de partir para o local da cúpula para a paz, o ministro disse, no Cairo, que traz para a reunião a preocupação do Brasil e da grande maioria dos membros do Conselho de Segurança quanto à crise humanitária na Faixa de Gaza e à situação dos reféns em poder do Hamas.
Vieira afirmou que também vai reiterar junto ao governo egípcio as gestões para a abertura do posto fronteiriço de Rafah, para que os brasileiros retidos em Gaza possam entrar no Egito e ser levados de volta ao Brasil em avião da FAB, que já se encontra no Cairo.
Na quarta-feira (18), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou a proposta apresentada pelo governo brasileiro sobre o conflito. O texto pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza.
O resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário, por parte dos Estados Unidos. Por se tratar de um membro permanente, o voto norte-americano resultou na rejeição da proposta brasileira.
Ainda nesta sexta-feira (20), Lula conversou, por telefone, com o presidente da França, Emmanuel Macron, e agradeceu o voto francês na resolução brasileira no Conselho de Segurança das Nações Unidas.