Os Jogos Pan-americanos de Santiago 2023 se encerraram neste domingo (5), mas já estão marcados na história do esporte nacional. A campanha da delegação brasileira brilhou e superou as metas do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Com um segundo lugar absoluto no quadro de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil alcançou 40 vagas para os Jogos Olímpicos e conquistou 205 medalhas, sendo 66 de ouro, 73 de prata e 66 de bronze, com novo recorde do total de medalhas e de ouro.
O Brasil saiu de Lima 2019, há quatro anos, com os melhores números até então: 54 medalhas de ouro, 45 de prata e 70 de bronze, somando 169 pódios. A melhoria em Santiago é de mais de 20% no número de medalhas.
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— Time Brasil (@timebrasil) November 6, 2023
Dos atletas brasileiros que mais vezes subiram ao pódio, três são mulheres: Bárbara Domingos (ginástica rítmica) com três de ouro e duas de prata; Stephanie Balduccini (natação), com uma de ouro, três de prata e uma de bronze; e Flávia Saraiva (ginástica artística), com quatro de prata e uma de bronze.
No masculino, destaque para os nadadores Guilherme Costa, com quatro de ouro e Guilherme Caribé, com três de ouro e uma de prata. No total, foram 95 medalhas para as mulheres, 92 para os homens e 18 para as equipes mistas.
Além disso, com as 40 vagas olímpicas alcançadas em Santiago, o Brasil chega a 143 vagas garantidas para os Jogos Olímpicos, o que traz a expectativa de uma grande campanha em Paris 2024.
Orgulho nacional
“Me enche de orgulho ver que hoje somos respeitados e estamos no lugar que merecemos estar no quadro de medalhas. Que o exemplo de nossos atletas alcance ainda mais a juventude brasileira, para que percebam os benefícios de uma vida pautada pelos valores olímpicos”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley.
“As metas do COB foram atingidas: número de vagas olímpicas, tanto atletas quanto equipes, número total de medalhas e de ouro. Também nos consolidamos entre os três principais países no quadro de medalhas. Conseguimos pela segunda vez ficar em segundo lugar. Então nossos objetivos foram alcançados, o que nos deixa estimulados e confiantes para os Jogos Olímpicos de Paris”, afirmou Rogério Sampaio, chefe da missão brasileira na capital chilena.
A evolução do Brasil nos Jogos Pan-americanos deu um salto nos últimos ciclos: Em Mar del Plata 1995, o país ficou em sexto lugar, com 18 ouros. Em Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003, foi quarto colocado. Com os Jogos em casa, no Rio 2007, veio uma sequência de terceiras colocações (também em Guadalajara 2011 e Toronto 2015). Nos Jogos de Lima 2019, o Time Brasil chegou à segunda colocação, com mais dificuldades do que apresentou na campanha em Santiago 2003.
“O que me deixa mais satisfeito com o nosso resultado é ver a evolução de modalidades que até então nem em Jogos Pan-americanos a gente conseguia resultados satisfatórios. Em Santiago a gente teve muitos carros-chefes, como o boxe e a ginástica, para citar alguns. Mas ver o crescimento de outras modalidades reflete diretamente no quadro de medalhas. Esse é o nosso objetivo principal, trazer os resultados e medalhas e ver os atletas no alto do pódio”, disse o vice-presidente do COB, Marco La Porta.
Com informações do COB.