O suplente de vereador Erasmo Morais (PL), assassinado a tiros no município do Crato, na região do Cariri cearense, já foi policial militar, mas acabou expulso acusado de extorsão e associação criminosa. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) nesta terça-feira (7), após a morte do político.
Morais fez parte da Polícia Militar por dois anos, quando ingressou na corporação em 1993. Em 1995 acabou expulso e levado para o Presídio Militar acusado de envolvimento com um esquema de extorsão de dinheiro de donos de veículos irregulares. Em 2010, Erasmo foi preso novamente, dessa vez pela Polícia Federal (PF), pelos mesmos crimes, porém os processos contra seu nome foram arquivados um ano depois.
Erasmo Morais tinha 53 anos e foi eleito pelo Pros, mas atualmente fazia parte do PL. Ele foi morto na tarde desta terça na porta de casa, de acordo com testemunhas, no bairro Mirandão. Investigações da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) constam que os disparos que assassinaram o suplente vieram de um fuzil portado por dois homens que chegaram de carro, efetuaram disparos e fugiram do local.
O prefeito do Crato, Zé Ailton, manifestou seu luto pela morte do político nas redes sociais e afirmou que solicitou ao secretário de Segurança Pública do Estado do Ceará, Samuel Elânio, um maior “empenho nas investigações”.
“Lamento profundamente a morte do suplente de Vereador Erasmo Morais, assassinado brutalmente na porta de casa no início da tarde de hoje. Embora militando em campos opostos na política, não poderia deixar de prestar minha solidariedade a sua família, que sofre com a prematura e violenta perda”, escreveu o gestor.
A morte de Erasmo também foi lamentada pelo deputado estadual Carmelo Neto, que é presidente do PL no Ceará.
“Quero lamentar o trágico assassinato do vereador e pré-candidato pelo PL no município do Crato-CE, Erasmo Morais, que foi morto a tiros de fuzil na presença de seu filhinho ao chegar em sua própria casa. Quero manifestar, além da minha mais profunda revolta, a minha solidariedade aos amigos, eleitores e familiares do vereador Erasmo. Esse crime bárbaro precisa ser elucidado, e para isso vamos cobrar uma investigação célere e imparcial”, afirmou o político nas redes sociais.