A Polícia Civil do Amazonas informou que cumpriu mais dois mandados de prisão preventiva de dois homens que faziam parte de uma Organização Não Governamental (ONG) denominada Pai Resgatando Vidas, que utilizava vulnerabilidade de moradores de rua para obter doações e vantagens financeiras.
As prisões são um desdobramento da Operação O Pai tá Off, deflagrada na terça-feira (7), ocasião em que o líder da organização criminosa e seu filho foram presos. O grupo criminoso movimentou mais de R$ 20 milhões entre 2019 e 2024.
Segundo o delegado Marcelo Martins, titular do 24° DIP, a organização criminosa era composta por pessoas do mesmo núcleo familiar.
Os últimos dois presos tiveram os mandados de prisão cumpridos na delegacia. Segundo a polícia, eles responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato, maus-tratos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
Entenda o caso
As investigações revelaram que os autores criaram a referida ONG com objetivos escusos, utilizando a imagem e a situação de vulnerabilidade de moradores de rua para obter doações e vantagens financeiras.
Em vez de serem revertidas em benefício dos vulneráveis, essas verbas eram desviadas para o benefício próprio dos autores.
“As investigações tiveram início a partir de diversas denúncias contra indivíduos ligados ao referido projeto social. As denúncias apontavam para a criação de uma espécie de reality show on-line que explorava a vida e o sofrimento de pessoas em situação de vulnerabilidade”, explicou o delegado.