Devido aos altos custos imobiliários nas cidades e ao estilo de vida agitado, os microapartamentos de 30 m² estão se tornando populares. A tendência reflete a busca por opções mais acessíveis e práticas, impulsionada pelas mudanças nas preferências de moradia e a preferência por um estilo de vida minimalista.
Conforme um estudo realizado pelo Quinto Andar, imobiliária digital, os microapartamentos são os mais lucrativos em termos de retorno sobre o investimento quando comparados, em detrimento de outras opções imobiliárias disponíveis. Os pequenos espaços oferecem um retorno mensal de 0,54%, em contraste com a média de 0,47% observada em outros tipos de imóveis.
A pesquisa também revelou um padrão demográfico entre os interessados nesse tipo de moradia. Predominantemente, são jovens, com 75% deles situados na faixa etária de 20 a 39 anos. Além disso, uma grande proporção desses indivíduos vive sozinha (80%). Entre as razões mais citadas para optar pelo espaço estão a busca por independência (47%), proximidade com o local de trabalho (44%) e a praticidade da mobília (36%).
“A motivação por trás da crescente demanda para os apartamentos é por conta da diminuição do tamanho do perfil das famílias, que depois de 2020, os estudos revelam que a família média brasileira caiu para menos de 3 pessoas, ou seja, mais da grande maioria da população brasileira tem até um filho”, destaca Daniel Simões, diretor comercial da J. Simões Construtora.
Além disso, o diretor comercial explica que nos apartamentos super compactos, há um aumento de pessoas que decidiram morar sozinhas, sejam jovens casais que moram juntos ou pessoas que decidiram morar sozinhas.
Mercado hoteleiro
Outro ponto é a questão da demanda hoteleira, já que os apartamentos compactos, como os estúdios, permitem locação por temporada. Assim, os empreendimentos tendem a funcionar como um hotel executivo para receber pessoas que vêm para Fortaleza a trabalho ou a lazer.
“Esses microapartamentos são uma alternativa ao mercado hoteleiro porque têm uma gama de serviços no prédio, desde lavanderia compartilhada a rooftop com co-working. Assim, os hóspedes podem se hospedar e usar não só as áreas comuns, mas as de trabalho”, finaliza Daniel Simões.
*Escrito por Laysa Melo, da Redação