A Polícia Civil do Pará cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em três cidades do estado durante a operação “Last Prom” (último baile), que desarticulou a associação criminosa que criou polos de educação a distância falsos com a logomarca da Universidade Paulista – UNIP e vinha “formando” alunos desde 2017.
“As investigações apontam para um número de vítimas superior a mil, e que boa parte dessas pessoas estejam com diplomas falsos trabalhando e exercendo a profissão. Segundo as investigações, os custos do curso, do baile da formatura, da formatura e da confecção dos diplomas falsos às vítimas saía por cerca de 12 mil reais, em média, causando um prejuízo total de R$ 12 milhões”, informou o delegado Mohab Khayan Lima.
O líder da organização foi preso em flagrante com documentos falsos e por estelionato no momento da deflagração da operação, informou a Polícia Civil do Pará.
As investigações apontaram que ele fundou o primeiro polo na localidade Monte das Oliveiras, no interior do Pará. Ele se apresentava como coordenador regional da UNIP em diversas comunidades da região do Marajó, especialmente nas cidades de Oeiras do Pará e Curralinho.
Ao longo dos sete anos de atuação, o grupo conseguiu centenas de alunos e, ao final, entregavam certificados falsos da faculdade. A falsa instituição promovia cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas, incluindo Pedagogia e História.
No total, segundo as investigações, eram ofertados cerca de 60 cursos de pós-graduação em diversas áreas. A PCPA ressaltou ainda que há várias vítimas que estão exercendo as profissões de forma ilegal pela região do Marajó.
“É importantes o reforço empregado pela PC do Pará para coibir e combater, bem como sempre alertar a população para esse tipo de golpe. Reforçamos o nosso compromisso e continuaremos na linha de frente em todas as regiões do Estado”, disse o delegado-geral e titular da PC, Walter Resende.
A PCPA informou ainda que foi lavrado o auto de prisão em flagrante do mandante do esquema criminoso, que será encaminhado ao presídio para ficar à disposição da Justiça.
Com informações da Polícia Civil do Pará