O Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, sediou a reunião ministerial do Grupo de Trabalho (GT) de Educação do G20, nesta quarta-feira (30). As discussões do evento têm como tema central a educação e priorizam três temas: valorização dos professores, conteúdo digital e engajamento escola-comunidade.
A reunião do GT de Educação teve a participação de delegados de todos os países membros do G20: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana. Além disso, também participaram representantes de países convidados, como Angola, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Noruega, Portugal e Singapura.
Na ocasião, o ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu que a união entre os países do G20 é necessária para obtenção de um financiamento adequado para a educação.
“Eu considero que o G20 precisa ser sempre um movimento. A raiz do G20 são as finanças globais, então a importância do GT de Educação é a gente unir os países do G20 em torno da necessidade de lutarmos e defendermos um financiamento para a educação, que ainda está longe de ser o adequado para a maioria dos países do G20 e do mundo”, explicou o ministro.
Camilo falou também sobre a necessidade de reconhecer e valorizar o trabalho dos professores. De acordo com ele, a escassez de profissionais da docência é um problema mundial, principalmente em áreas específicas como a física, matemática, química e biologia.
“O desafio da valorização profissional envolve questões de orçamento e não depende apenas das autoridades de educação. Sabemos que nos espaços de deliberação sobre finanças globais, a educação ainda não alcançou a centralidade que merece e para isso temos trabalhado”, ponderou Camilo.
A desigualdade da educação também foi outro fator apontado pelo ministro, que defendeu um maior investimento na área por parte dos países componentes do G20. “Nós precisamos nos unir em torno da defesa desses países para um financiamento da educação no planeta. Isso, para nós, é um consenso maior”, enfatizou.
O secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) no Brasil, Mariano Jabonero, presente no evento, destacou o sucesso do Ceará na área. “Estamos em um Estado que é uma referência, podemos ver como era o Ceará há um tempo atrás e como é hoje. Temos que ressaltar sempre a evolução do que aconteceu no Ceará”, comentou.
O secretário-executivo do MEC, Leonardo Bachini, avaliou que a valorização dos professores e a relação de escola-comunidade receberam um forte foco durante o evento. “Estamos aqui para levar as melhores políticas públicas possíveis para os estudantes brasileiros. Então esses encontros só fazem com que a educação brasileira avance”, destacou.