O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou a instauração de um inquérito na Polícia Federal para investigar a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares.
A decisão veio logo após o Psol e outras entidades entrarem com o pedido de suspensão das emendas no STF, alegando irregularidades na destinação da quantia.
De acordo com a legenda, parte desse dinheiro foi encaminhado para Alagoas, estado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), autor da manobra.
O Psol também questionou no STF o fato do ofício que autorizou o repasse dos recursos ter apenas 17 assinaturas de líderes partidários.
Em agosto, Dino havia suspendido essas emendas por falta de transparência sobre os autores e o destino dos recursos, mas no início deste mês, liberou os pagamentos desde que seguissem as regras de transparência.
Entretanto, na última segunda-feira (23), o ministro voltou atrás na decisão e suspendeu o pagamento das emendas. Ele concedeu o prazo de cinco dias para a Câmara dar transparência às proposições.