O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) republicou em uma rede social um vídeo, de dezembro do ano passado, com o intuito de criticar o uso de balsas em Goiânia e a Lei Rouanet, incentivo fiscal para projetos culturais criado em 1991.
A publicação foi feita na manhã desta segunda-feira (6), dia seguinte à vitória de Fernanda Torres com o prêmio de melhor atriz em filme de drama, no Globo de Ouro, pelo filme “Ainda Estou Aqui”.
Sem citar Torres e o filme de Walter Salles, Bolsonaro sugeriu que o governo Lula tem priorizado recursos para a Lei Rouanet em detrimento de investimentos na infraestrutura do país.
“Parece vídeo repetido, mas não é. Outro brasileiro denunciando a volta da INDÚSTRIA DAS BALSAS. O investimento na infraestrutura é rechaçada pela gestão Lula e coincidentemente jamais cobrada conclusão por outros de outrora. Enquanto isso, a Rouanet…”, publicou. O vídeo ainda traz a legenda, “Será que os R$ 18 bilhões da Lei Rouanet daria pra fazer duas cabeceiras?”.
Entretanto, a Lei Rouanet passou a proibir o financiamento de longas-metragens a partir de 2007 e hoje se limita a “obras cinematográficas de curta e média metragem e filmes documentais”.
Por se tratar de um longa-metragem, com duas horas e 19 minutos de duração, e de um filme de ficção, “Ainda Estou Aqui” não pôde receber recursos da lei em questão.
O longa de Salles contou com recursos privados das produtoras VideoFilmes, criada pelo cineasta e seu irmão João Moreira Salles, RT Features, criada por Rodrigo Teixeira, e a produtora francesa MACT Productions.