O Parque da Cidade, espaço que receberá as principais programações da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece em Belém do Pará neste ano, recebeu mais de 100 árvores transplantadas da Amazônia, nesta sexta-feira (10).
Samaumeira, seringueira, mamorana, ipê, açaizeiro, bacabeira e pupunheira estão entre as principais espécies de árvores que foram realocadas. Entre elas, ainda há espécies ameaçadas de extinção, a exemplo do Cedro, Mogno e Acapu, que também integram o projeto paisagístico da obra.
“Estamos buscando fazer o plantio e transplantio de árvores adultas, com a maior copa possível, para proporcionar espaços com sombra. Também trabalhamos com espécies voltadas para ornamentação e jardins, para embelezar o Parque”, explica Daniela Genu, Gerente de Relacionamento e Meio Ambiente da diretoria de Valor Social Norte da Vale, que faz o gerenciamento da obra.
Segundo o Governo do Pará, além do Parque da Cidade, as obras do Porto Futuro II, Nova Doca e BRT Metropolitano também estão na rota dos transplantes de árvores realizados pelo governo do Estado na Região Metropolitana de Belém.
Além disso, em áreas nas quais sejam identificadas a necessidade da supressão vegetal é realizada a retirada e o transplantio, para garantir a preservação de diversas espécies.
No caso do transplante de árvores, o Executivo informou ainda que o processo segue etapas criteriosas, a partir da avaliação da viabilidade da possível remoção. Se considerada apta, é realizada a sangria, enquanto a folhagem é podada para reduzir o estresse da planta.
Depois, corta-se o restante das raízes e a base da árvore passa por um envelopamento, envolvida com terra nutritiva, preparando as condições favoráveis ao transporte.
A engenheira florestal responsável pela execução do projeto de paisagismo do Parque da Cidade, Regina Meireles, informa que a técnica de replantio, sobretudo de indivíduos adultos de grande porte, é inovadora e representa um desafio à equipe.
“Fazemos todo o tratamento de adubação química e orgânica para garantir a nutrição da árvore combinado com a irrigação abundante. Acompanhamos o rebrotamento das folhas e fazemos os manejos necessários, entendendo as particularidades de cada espécie”, ressalta Regina Meireles.
Com informações da Agência Pará