Após ser criticado pelo ex-aliado e ministro da Educação, Camilo Santana (PT), sobre as novas alianças políticas, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio disse que a união do bloco de oposição é em favor de uma “luta pelo Ceará” enquanto o governo busca uma “manutenção e sobra pelo poder”.
A afirmação aconteceu na manhã desta terça-feira (3) no ‘Café da Oposição’ promovido pelo deputado Lucinildo Frota (PDT), na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Estiveram presentes deputados e lideranças de oposição como os presidentes do União Brasil no Ceará, Capitão Wagner e o presidente do Partido Liberal, Carmelo Neto.
Segundo Roberto, apesar das falas em tom de crítica, Camilo buscou recentemente o apoio do seu novo partido, União Brasil. “Essa união de lá, é uma sobra do poder, uma união pra se dar bem. Nós optamos por um caminho diferente, um caminho de luta, de fazer oposição. Projetos, convites, não faltaram. E nós optamos pelo caminho muito mais difícil porque a gente acha que é fundamental proteger o Ceará”, afirmou.
Tanto Camilo Santana quanto Roberto Cláudio estiveram no último fim de semana na cidade de Barbalha, acompanhando a Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio. Na ocasião, o ministro criticou a decisão do ex-prefeito em compor a oposição e se aproximar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu lamento essa posição porque eu me lembro na época que a gente estava na pandemia e nós fomos muito criticados por esse pessoal que são negacionistas, que são contra a ciência, contra a vida das pessoas”, afirmou.
Agora como filiado do União, Roberto Cláudio é pré-candidato ao governo do estado. A principal especulação é de que ele será o candidato a encabeçar o bloco de oposição ao governador Elmano de Freitas. Além dele, nomes como Ciro Gomes (PDT), Glêdson Bezerra (Podemos) e Eduardo Girão (Novo) também são colocados como possíveis candidatos da oposição.